CP I “É uma família dentro da outra família, que é o resto do grupo”

“Há 16 anos que o Peniche é sobe e desce. Nunca embarcámos em loucuras e o objetivo sempre foi a permanência. Se conseguirmos isso, teremos estabilidade no próximo ano para fazer um campeonato melhor”, explica. “O nosso orçamento não é muito elevado e estamos numa zona do país que é longe de tudo. Não é uma ilha, mas é quase uma ilha”, reforça.

A competitividade do campeonato dita que as ambições sejam mais modestas. “Quem não lute para subir e treine à noite, lutará sempre pela permanência”, comenta. Residente em Leiria, Tiago Vicente faz quase todos os dias a viagem para Peniche com mais sete elementos do plantel. “É uma família dentro da outra família, que é o resto do grupo. Quando o treino não corre bem, é um silêncio. Mas são mais as vezes em que impera o bom ambiente”, conta. “Saio de casa às 18h00 e chego pelas 23h00. É duro”, resume.

Vicente partilha o futebol com uma empresa que detém e que muitas vezes “sai prejudicada”. “Mesmo quando treinei a U. Leiria nunca deixei de trabalhar. O futebol é um part-time que às vezes me leva mais tempo do que o meu trabalho”, ressalva.

Tiago Vicente considera que o formato atual do Campeonato de Portugal castiga demasiado os clubes. “Descem cinco equipas em cada série, o que não abona em prol do crescimento do futebol e dos mais jovens. Podia-se jogar mais à bola, sem a pressão dos resultados e promovendo mais jovens, se não descessem tantos clubes. Contudo, chega-se à hora da verdade e os clubes pouco fazem”, critica.

João Maia (O JOGO)

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