AF.Coimbra I Árbitros reúnem-se esta semana para evitar que se registem novas agressões

A violência não passará. Pelo menos, desta vez, a agressão ao árbitro do encontro da 1.ª Divisão, entre União 1919 Sub-23 e Eirense, vai ter consequências.
Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, os quatro núcleos de árbitros de Coimbra preparam uma reunião de urgência com um objetivo único: procurar evitar que isto se repita.
O caso deve ter repercussões a vários níveis: desportivos e judiciais.
A nível judicial, João Costa, o árbitro agredido, deverá, apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, apresentar queixa contra o agressor.
O jovem, de 21 anos, residente no concelho de Arganil, saiu da Arregaça, em Coimbra, direto para o Centro de Saúde de Arganil, onde foi observado clinicamente, para que o relatório médico pudesse constar da queixa-crime.
O agressor está identificado. Aliás, o próprio se entregou voluntariamente na esquadra para que pudesse ser identificado, pelo que não será difícil fazer seguir a queixa para a justiça.
Desportivamente, o clube da casa pode sentir na pele as consequências, mas pode não ficar por aqui, já que este caso pode alavancar o regresso ao policiamento obrigatório, pelo menos nas competições seniores.
Em comunicado, o Núcleo de Árbitros de Futebol (NAF) Terras do Xisto, no qual está inscrito João Costa, frisa que “quem garantia a segurança eram os Pontos Contactos com a Segurança que nada conseguiram fazer para impedir esta situação que nos envergonha a todos. Ou seja, não fizeram o que era suposto fazerem, garantirem a segurança dos intervenientes de um jogo de futebol”.
O NAF Terras do Xisto “exige”, por isso, “que os jogos em casa do Clube União 1919, no Campo da Arregaça, a partir de agora tenham policiamento, pois é inadmissível que este espetáculo ridículo possa acontecer num campo de futebol”.

Todos condenam
Ao final do dia de domingo, o Conselho de Arbitragem (CA) e a Direção da AFC reagiram, em comunicado, ao sucedido. Depois de uma primeira versão, onde iam mais longe nos argumentos, surgiu uma segunda, “retificada”.
“O CA e a Direção da AFC condenam veementemente a agressão de que foi vítima o árbitro João Costa”, começa por dizer. “Repudiam todos os episódios de violência nos campos de futebol e lamentam que uma vez mais um árbitro tenha sido vítima de um ato indigno e cobarde”, acrescentam.
Os dois órgãos manifestaram ainda “total solidariedade” para com o árbitro e a sua equipa técnica e “a Direção da AFC tomará as medidas necessárias para a segurança das equipas de arbitragem, exigindo a identificação do agressor e a participação às forças policiais”.
Também o União 1919 foi lesto a condenar o sucedido, reagindo com um comunicado na manhã desta segunda-feira.
Classifica o episódio de “deplorável” e repudia “de forma veemente” a agressão. “O que aconteceu é vergonhoso, impensável, desrespeita o âmbito desportivo e tal incidente, ou qualquer ato de violência jamais poderá voltar a ocorrer. Referimos que o episódio ocorrido foi um ato isolado e que iremos tomar medidas internas para com o interveniente”, prometem os unionistas.
O União 1919 “apoia e incentiva a AFC e o CA a tomar medidas para que nunca mais ocorram atos como a agressão ocorrida no jogo da equipa Sub-23 com o Eirense”, refere.
O clube lembra que “se tem vindo a pautar por uma conduta desportiva que visa implementar a disciplina e respeito por todos os intervenientes em especial as equipas de arbitragem. Neste âmbito foi recentemente atribuído ao Clube União 1919 o cartão branco pela APAF, AFC e CA pela iniciativa “Juntos podemos mudar”, que visa precisamente promover o papel educativo da arbitragem no futebol”.

Diário As Beiras

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