Oleiros vence Sertanense em derby albicastrense

O regresso do Sertanense ao Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, após interdição federativa devido ao estado do relvado, coincidiu com o regresso do tempo invernoso.Durante todo o encontro a chuva não parou de cair encharcando o relvado, complicando a vida aos jogadores mais tecnicistas.

A equipa da Sertã usa recorrentemente a velocidade dos seus alas e nesse particular foi muito penalizada. No Oleiros militam jogadores mais possantes, com boa estampa física que acabaram por se adaptar melhor às condições do terreno.

O jogo começou da forma que poucos imaginariam e condicionou fortemente a estratégia de João Manuel Pinto, treinador da equipa sertaginense. Rafa ganhou na raça ao opositor direto, descaiu para a linha de fundo, junto à bandeirola de canto e, aparentemente a pretender centrar, fez o esférico passar sobre o guarda redes Rafa Santos. Ainda bateu na base do poste e anichou-se nas redes. No primeiro minuto do jogo o marcador era inaugurado num lance feliz para a equipa de Oleiros.

Competia à equipa da Sertã correr atrás do prejuízo. Foi o que tentou fazer mas as constantes perdas de bola na fase de construção davam aos oleirenses a possibilidade de contra atacar.Começou a assistir-se a muitos duelos individuais, invariavelmente com os jogadores “encarnados” a levarem a melhor. Sempre mais perigosos, estiveram também sempre mais perto da baliza de Rafa Santos.

Por inépcia atacante ou acerto defensivo o resultado ia-se mantendo. A jogar-se muito a meio campo e longe das balizas, as oportunidades de golo foram escassas.

Aos dez minutos Tito Júnior quis testar a atenção do guarda redes Gabriel Miotti mas o remate, de meia distância, passou por cima. Ambas as equipas conquistaram uns pontapés de canto e umas faltas mas raramente os guarda redes foram chamados a intervir.

Em cima da hora para o descanso Sapara voltou a introduzir o esférico na baliza de Rafa Santos mas o árbitro já havia interrompido por posição irregular do nigeriano do Oleiros.O resultado ao intervalo aceitava-se sabendo a injustiça para os adeptos da equipa da casa que já contestavam a arbitragem por dualidade de critérios na marcação das faltas.

João Manuel Pinto sabia que alguma coisa tinha de mudar e retirou Pereirinha e lançou Sócrates no jogo. Pretendia jogar de forma mais direta fazendo a bola chegar à referência atacante da sua equipa: o brasileiro Ricardo Pires.O possante atacante da equipa da Sertã foi o autor do primeiro momento de “frisson” no segundo tempo. Aos 49 minutos executou um vistoso pontapé de bicicleta, na área do Oleiros, mas o esférico parou nas luvas de Gabriel Miotti.

Aos 53 minutos Sócrates descobriu Ricardo Pires em boa posição e cruzou. A cabeçada não levou o melhor destino. Os sertaginenses estavam transfigurados para melhor e obrigaram os adversários a muita atenção defensiva.À passagem dos 56 minutos foi a vez de Barbosa tentar a meia distância. O guarda redes do Oleiros resolveu. No minuto seguinte Sócrates usou o mesmo método e o remate teve o mesmo destino: as luvas de Miotti. A intensidade do jogo ia diminuindo na proporção inversa à água que se acumulava no terreno de jogo.

.Jogava-se ao repelão e as faltas a meio campo engrossavam o número de cartões e o tom de protesto vindo das bancadas. Aos 62 minutos, um livre batido por Vladimir permitiu nova defesa ao guardião oleirense. O Sertanense não marcou no seu melhor período e o Oleiros voltou a equilibrar a partida denotando melhor frescura física.

Aos 72 minutos, Rafa, num ataque rápido da equipa de Natan Costa, fez uma diagonal para a lateral, paralela à linha da grande área, e foi tocado por um defesa, junto ao bico da área. Foi sob um coro de assobios que o árbitro do Porto, Pedro Campos, apontou para a marca dos onze metros. Alegou-se que o contacto teria sido fora da área e partilhamos dessa opinião. Opinião contrária teve o árbitro e manteve a decisão.

Da marca da grande penalidade Rafa não falhou e aumentou a vantagem forasteira para dois golos.O jogo “morreu” neste penalti. As forças físicas e anímicas já eram poucas e as equipas pouco tinham para dar. Foi esperar pelo apito do árbitro.

Após o “terminus” da partida os ânimos aqueceram levando o árbitro a expulsar Batista.
Jogo duro para as equipas com um resultado algo dilatado. A diferença mínima ou mesmo o empate seria mais justo. Protagonista pela negativa: o árbitro que viajou do Porto equivocou-se demasiadas vezes ao assinalar as faltas, invariavelmente em prejuízo da equipa da casa. Não soube discernir que os contactos com este estado de terreno são normais e podia ter poupado alguns cartões. Ajuizou mal na grande penalidade. Melhores dias virão…

Jorge Santiago (mediotejo.net)

Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, na Sertã

SERTANENSE 0
Rafa Santos, Tiago Correia, Bruno Pereira, Batista, Davou, Vladimir, Pereirinha (Sócrates), Ricardo Pires, Rojas, Barbosa (Cláudio) e Tito Júnior.
Suplentes não utilizados: Miguel Assunção, Luís Gaspar, Filipe Mello, João Jesus e Cleiton.
Treinador: João Manuel Pinto.

OLEIROS 2
Gabriel Miotti, Tiago Gomes, Charles, Guilherme, Jimmy, Rafa (Vilmar), Djaló, Sapara (Ivan), Bruno (Michael), André Farinha e Fábio Gaião.
Suplentes não utilizados: Luís Pedro, Rildo, Silva e Tak.
Treinador: Natan Costa.

GOLOS: Rafa(2) (Oleiros)

 ARBITRAGEM:Pedro Campos, Hugo Santos e Ricardo Pinto (AF Porto).

DISCIPLINA; Cartão amarelo: Rojas, Barbosa e Tito Júnior (Sertanense); Bruno e Vilmar (Oleiros). Cartão vermelho: Batista (Sertanense).

Comentários e pings estão fechados.

Comments are closed.

Criado por pombaldir.com Nenhuma parte deste site pode ser reproduzido sem a autorização do jornal "O Derbie" Sugestões e Criticas a este site: [email protected] ou 968 628 512 e 236 217 163