As coisas, correndo bem, até o almoço nos pagam no Restaurante, correndo mal somos insultados e ameaçados na rua!

Hugo Seco, natural da Lousã, é mais um dos atletas da zona de Coimbra que escolheu o estrangeiro como opção. Formado na Académica, passou também por Anadia, Nelas e Ac. Viseu e destacou-se no Benfica C. Branco dando o salto novamente para a Académica. Começou este ano uma nova aventura na Bulgária, mais concretamente no Cherno More da divisão maior da Bulgária.

Fizeste a Formação toda na Académica, passando depois por clubes da antiga III Divisão, II B e CNS. Quando terminaste a formação houve perspectivas de ficar na 1ª equipa da Académica? Como qualquer jogador que faz parte da formação tinha essa ambição, mas não o consegui por diversos fatores, uns por culpa própria, outros derivado a lesões e outros…que prefiro guardar para mim,são passado!

Apesar de não singrares logo na Académica, conseguiste fazer uma carreira em crescendo e voltaste ao clube. Qual foi a sensação quando te abordaram para o regresso? Estava tudo bem encaminhado para assinar por outra equipa da 1a liga mas, quando o meu empresário me ligou a falar da Académica não hesitei , e até pensei que fosse brincadeira! Confesso que passei algumas noites sem dormir até estar o preto no branco.Sentia que tinha condições para continuar em Portugal mas não vou negar que o lado financeiro pesou na minha decisão!

Depois disso seguiu-se o Cherno More e a tua segunda experiência no estrangeiro depois de uma época em Malta. Como surgiu o convite? Surgiu através do meu empresário! Haviam várias possibilidades mas, depois de recolher várias informações, chegámos a conclusão que esta seria a melhor opção para o meu futuro.

O projecto desportivo do Cherno More é bastante interessante e, certamente que, financeiramente é mais vantajoso que em qualquer clube Português (excepto os três grandes). Como te sentiste quando chegou a oportunidade? Tinhas perspectivas de Voltar a imigrar ou pretendias estabilizar e tentar dar o salto em Portugal? Sentia que tinha condições para continuar em Portugal mas não vou negar que o lado financeiro pesou na minha decisão! Apesar de acreditar nas minhas capacidades tenho noção que seria muito dificil dar o salto em Portugal.

A decisão de partir foi uma decisão fácil de tomar? Não! Estava mentalizado que seria o melhor para o meu futuro mas nunca é fácil deixar tudo aquilo que gostamos para trás.As coisas, correndo bem, até o almoço nos pagam no Restaurante, correndo mal somos insultados e ameaçados na rua!

Como está a correr a adaptação a uma nova realidade? Neste momento já estou mais adaptado mas ainda não a 100%! A mentalidade aqui é um pouco diferente da nossa, não se preocupam muito em integrar os jogadores estrangeiros e por vezes metem-nos mesmo de parte e isso, aliado ao facto de estar aqui sozinho, é um grande obstáculo.

Qual a maior diferença entre o futebol português e a realidade que encontraste? O futebol em si é semelhante ao nosso, talvez um pouco mais físico e menos obcecados pela parte tática.
As infraestruturas ficam um pouco aquém do que estava habituado na Académica mas no próximo mês irão começar as obras no nosso estádio e penso que será uma mais valia para o futuro do clube.

O que mais destacas pela positiva? E pela negativa? A forma como as pessoas da cidade tratam o jogador de futebol aqui tem o lado positivo e negativo. As coisas, correndo bem, até o almoço nos pagam no Restaurante, correndo mal somos insultados e ameaçados na rua!

Quais são as tuas perspectivas de futuro? Pretendes voltar a Portugal ou continuar a fazer carreira no estrangeiro? Se surgisse uma boa oportunidade gostaria de voltar mas se tiver de continuar no estrangeiro para salvaguardar o meu futuro,irei fazê lo com a mesma motivação!

FOOT COIMBRA

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