Guarda-redes da União de Leiria impedido de treinar com os restantes companheiros. Sérvio promete recorrer aos tribunais para resolver a sua situação
Andjelko Djuricic é ‘carta fora do baralho’ para a União de Leiria. O guarda-redes sérvio, de 30 anos, não marcou presença no treino matinal de ontem, realizado no estádio da Bidoeira, por ter sido afastado do plantel pela direcção do clube.
Em causa está o facto de a União de Leiria ter acordado todos os pormenores para o empréstimo de Djuricic para a Naval 1.o de Maio, da Figueira da Foz, tendo o atleta rejeitado a transferência até ao final da época, forçando um braço-de-  -ferro com a administração do clube.
“Disseram-me que se não fosse para a Naval, a União de Leiria não me pagava. Isso é chantagem. Eu não rejeitei ir para a Naval, mas primeiro queria clarificar a minha situação no clube e que me pagassem o que devem”, confessou Djuricic ao Diário de Leiria.
O guarda-redes confirmou ter sido informado que a partir de ontem passará a trabalhar à margem do grupo o que deixa o sérvio infeliz. “Não é justo o que estão a fazer comigo e estou muito triste. Mas ao mesmo tempo estou tranquilo porque o processo vai para tribunal e logo se verá”.

Djuricic acusa Caixinha

Confrontado com as palavras que Pedro Caixinha proferidas ao Diário de Leiria, em Novembro último, onde o técnico assumiu não dar a titularidade a Djuricic por este “não trabalhar como os restantes companheiros”, o sérvio desmente.
“Tenho trabalhado no duro. O problema é que o clube acusa-me de ter chegado tarde das férias após o Mundial na África do Sul e passei a ficar de fora. Mas isso não é justificação porque o meu filho nasceu em Julho e o clube não teve sensibilidade para perceber que tinha que acompanhar o nascimento do meu filho”, disse.
Djuricic acusa ainda o treinador Pedro Caixinha de não ter sido sincero com ele. “Fui titular no primeiro jogo do campeonato contra o Beira-Mar onde não sofri nenhum golo. A partir daí nunca mais joguei. Perguntei ao treinador o porquê e ele disse-me que foi pelo facto de ter chegado tarde das férias. Mais tarde disse que se continuasse a trabalhar bem que teria uma oportunidade mas isso nunca aconteceu. Por que não são honestos comigo e me dizem que preferem o Gottardi”, questionou Djuricic.
O guarda-redes sérvio diz-se injustiçado mas “tranquilo”, desejando apenas que no final da época possa sair para outro clube. “Não mereço o que está a acontecer. Fui o primeiro jogador da União a estar num Mundial. Foi uma perda de tempo. Agora só posso ser transferido para fora da Europa mas no final da época preciso de encontrar outra solução para a minha carreira”, concluiu.
O Diário de Leiria tentou contactar Rodolfo Vaz, director-desportivo da União de Leiria até ao fecho da edição mas sem sucesso.

www.diarioleiria.pt