Num jogo fraco viseenses foram mais eficazes

É claro que a deslocação dos academistas não se mostrava fácil. A prestação fora de casa não tem sido a mais desejada. Contudo, também era conhecida pelos viseenses a grande dificuldade dos albicastrenses em se ‘adaptarem’ ao seu próprio ambiente, devido, sem dúvida, à pouca capacidade em aguentarem a pressão e a obrigação de vencerem, perante o seu público, pois foi em casa que, até agora, o Benfica de Castelo Branco mais pontos perdeu. Com tais ingredientes, aguardava-se com alguma expectativa o confronto entre dois ‘velhos’ conhecidos do escalão secundário, que chegaram a protagonizar alguns duelos bastante intensos. Ambas as equipas se apresentaram em campo, depois de terem vencido os jogos na jornada anterior, o que deveria ser uma motivação para continuar na senda das vitórias. Pois só com os triunfos terão a possibilidade de surgirem na segunda fase na melhor posição possível, para discutirem a subida. Mas a verdade é que se assistiu a um espectáculo muito pobre. O frio e o vento não justificam tudo, pois ambas as equipas tinham obrigação de fazer mais e melhor durante a primeira parte, o período mais pobre do duelo. Contudo, não se pode esquecer que aos pupilos comandados por Paulo Gomes não interessava muito que os donos da casa pressionassem e, obviamente, fizeram tudo para que o ritmo do jogo fosse alterado constantemente. Uma estratégia compreensível, mas que não valorizou o espectáculo.  Cabia, de facto, aos donos da casa a iniciativa do jogo, mas não foi isso que aconteceu. Ficou a ideia de que os locais estavam em campo apenas para cumprirem calendário e não para atingir qualquer objectivo que tivesse a ver com a sua posição na tabela classificativa. Enfim, um primeiro tempo que se saldou por um espectáculo sem qualquer chama de interesse. O nulo ao intervalo era lisonjeiro para as duas equipas.  Na segunda parte foi o Académico que acelerou um pouco mais, aproveitando a apatia dos albicastrenses. Em termos de qualidade de futebol, pouca melhoria aconteceu. Mesmo assim, sem dúvida, foram os forasteiros que acabaram por ter o prémio da sua ousadia, ainda que ténue, mas a única na partida. O golo surgiu num lance, em que Zé Bastos serviu Álvaro, tendo este rematado para Nuno Morais defender e não segurar acorrendo, rápido, Luizinho para facturar.  A equipa de arbitragem foi a melhor em campo.

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro: Sandro Soares (AF.Leiria)

BC.BRANCO: Nuno Morais; Mauro, Mamadi, João Afonso e Ronam; Tomás, Vladimir e Kazeem (Fixe, 58′); Leandro (Quinzinho, 66′), Babá (Yuri, 77′) e Ricardo António.
Treinador: João Pereira

AC.VISEU: Paulo Freitas; Calico (Álvaro, 59′), Tiago Gonçalves, Marcelo Henrique e Luís Vouzela; Zé Bastos, Marco Almeida, João Casal; Ricardo Ferreira (Jonas, 90+2′) e Luisinho (Pedro Costa, 86′)
Treinador: Paulo Gomes

Marcadores: Luisinho (72′)

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