Opinião I A importância do processo de certificação dos clubes

Infelizmente a ACD Ladoeiro e AR Amarense, apesar do mérito desportivo (e que bem esteve o Ladoeiro!), não lhes foi permitida a subida à Liga Placard (1ª Divisão) por causa de falhas no processo de certificação. Mão pesada por parte da Federação Portuguesa de Futebol da qual eu não posso discordar porque reconheço a importância de um processo que existe desde 2015 e que tinha como previsão obrigar os clubes que estejam na 1ª Divisão a ser no mínimo entidade formadora 3 estrelas para a época desportiva 2021/2022. Este processo para além de questões legais, tem como objetivo avaliar, reconhecer e certificar a atividade de todos os clubes que disponibilizam formação nas modalidades de futebol e futsal a jovens praticantes até aos 19 anos, aumentando assim os padrões de qualidade no processo de formação de praticantes em Portugal. Para esta certificação os clubes têm que dar resposta aos seguintes critérios: Planeamento e Orçamento; Estrutura Organizacional e Regulamento Interno; Recrutamento e/ou Angariação; Formação Desportiva; Acompanhamento Médico-Desportivo; Acompanhamento Escolar, Pessoal e Social; Recursos Humanos; Instalações e Logística; Produtividade. Depois de todo o processo a FPF através dos seus técnicos realiza uma visita para validar e confirmar a situação descrita pelo clube onde também são identificadas oportunidades de melhoria. Posto isto, e olhando para os critérios definidos, a FPF estimula os clubes a pensar, organizar e planear para dar condições de treino e de acompanhamento ao jovem atleta para que este possa crescer não só desportivamente como também a nível social e escolar. Ultimamente a FPF tem feito cursos de formação para gestão e coordenação desportiva e tem criado apoios para aumentar a formação e qualidade dos Treinadores. Nesse sentido, e com esta certificação, pretende-se que os clubes tenham na sua formação diretores, técnicos de saúde e treinadores devidamente qualificados. Com estas linhas orientadoras pretende-se que a integração de um jovem jogador na equipa sénior seja mais fácil e adequada e aumentar o número de escolhas para as seleções nacionais. Mas para isso tem que existir um melhor aproveitamento do trabalho realizado nos escalões de formação. Queremos que os nossos atletas/filhos tenham boas condições para treinar? Queremos que eles se divirtam a praticar desporto em segurança? Queremos que eles sejam bons alunos e não tenham problemas nas suas relações sociais? Queremos que as nossas seleções sejam mais vezes Campeões da Europa e que consigamos alcançar o título Mundial? Então este é o caminho certo para se retirar proveitos a longo prazo do jovem jogador Português e sem recursos aos jogadores estrangeiros.

Dário Gaspar (forumcovilha.com)

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