O critério “injusto e provido de equidade”, como o classifica o presidente do BC Branco, na subida administrativa do Campeonato de Portugal à 2.ª Liga, mereceu ao início da semana, primeira após o confinamento, uma reação enérgica e tripartida de entidades com responsabilidade em diversos quadrantes regionais e num cenário emblemático como o Salão Nobre da Câmara de Castelo Branco. O encontro com os jornalistas juntou autarquia, Associação de Futebol e, naturalmente, BC Branco.
O “mérito desportivo” definido pela FPF, devidamente arregimentada por “carta verde” governamental, para numa equidade de pelo menos quatro equipas (os líderes das séries do Campeonato de Portugal) eleger duas é, à vista do comum dos mortais, despropositada de justiça. É isso, em primeira instância, que os responsáveis distritais querem reforçar publicamente e partirem dessa base para “outra desconsideração”: os clubes à 25.ª jornada do principal campeonato não profissional que estavam nas duas primeiras posições dos alinhamentos geográficos não terem tido a possibilidade de “em dois fins-de-semana” resolverem em campo a questão.
Em cima da “mesa de trabalho” esteve também a situação do Clube Desportivo de Alcains. O presidente da Câmara, Luís Correia, mostrou total solidariedade com o clube do concelho que viu a subida ser anulada após uma época praticamente imaculada.
Artur Jorge (Jornal Reconquista)