CP I Sertanense e Caldas repartiram pontos

Numa tarde fria, ventosa e com a chuva miudinha a fazer a sua aparição, o bonito Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos recebeu duas equipas vindas de vitórias expressivas. O Sertanense, a lutar para sair dos lugares de despromoção, foi vencer a Sintra por uns surpreendentes 1-3 e o Caldas, a querer garantir cedo um lugar neste campeonato na próxima época, a “despachar” no seu reduto um concorrente direto, o Fátima, pelo mesmo resultado.

Com o relvado muito rápido e as equipas a necessitarem de pontos como de “pão para a boca”, era expectável um jogo muito tático, com as equipas a fecharem-se e a apostar no erro alheio.
Sunday viria a ser protagonista aos 11 minutos quando se isolou pelo lado esquerdo do seu ataque. O remate saiu muito torto, sobrevoando a baliza adversária. No minuto seguinte o Sertanense beneficiou de um livre e a cabeçada de Tiago Correia saiu fraca. Fácil para o guarda redes caldense.

A resposta surgiu logo a seguir quando Rafael Silveira, chamado a jogo por lesão de Hugo Melo, se isolou e executou um chapéu ao guarda redes da casa, Miguel Assunção. O esférico passou muito perto do poste dando a sensação de golo.

À passagem do quarto de hora Sunday foi derrubado quando se preparava para invadir a área da equipa das Caldas da Rainha. O árbitro, bem posicionado, optou por assinalar falta atacante ao possante avançado nigeriano. Durante largos minutos a bola andou longe das balizas…

Apenas aos 24 minutos, de bola parada, o Caldas voltou a ameaçar a baliza da equipa da Sertã. Um livre direto, bem executado por Pedro Gaio, obrigou Miguel Assunção a defesa apertada. Largou o esférico e o árbitro descortinou uma falta atacante e interrompeu o lance.

Lutava-se muito a meio campo mas com as defesas a superiorizarem-se aos ataques. Foram escassos os momentos de perigo. Apenas as bolas paradas constituíram algum perigo. Num canto favorável à equipa do Oeste, aos 35 minutos, o remate foi interrompido pelo apito do árbitro por posição irregular. Dois minutos depois Sunday arrancou aplausos pelo acrobático pontapé de bicicleta. Teve tanto de bonito como de inócuo porquanto o esférico passou ao lado do poste da baliza de Luís Paulo.
Aos 42 minutos começou a escrever-se a história do jogo. Com pouco para jogar no primeiro tempo, o Sertanense subiu com várias unidades ao extremo reduto caldense e o cruzamento da direita, bem executado, apanhou Sunday em boa posição e não se fez rogado. Com uma cabeçada certeira inaugurou o marcador.

Após um livre favorável ao Sertanense que ficou na barreira o árbitro André Castro apitou para o descanso. Aceitava-se facilmente o resultado favorável à equipa da casa num jogo pouco entusiasmante mas rijamente disputado.

O golo ao “cair do pano” na primeira parte não podia deixar a equipa das Caldas satisfeita. José Vala, treinador dos visitantes apostou no mesmo onze com que saiu para intervalo e não se deu mal. Apenas se jogava à quatro minutos no segundo tempo e a sua equipa ganhou um pontapé de canto.

Na cobrança, Leandro Vilas Boas cabeceou de forma irrepreensível e restabeleceu a igualdade num golo muito festejado pelas “claques” que viajaram das Caldas da Rainha.

Com tudo empatado e os pontos em risco as equipas voltaram ao futebol menos bonito da primeira parte. À passagem da hora de jogo os treinadores resolveram mexer no xadrez das suas equipas. Hugo Martins lançou o veloz ala esquerdo Davou e José Vala respondeu com Passos e Ednilson de uma assentada.

O jogo ganhou vivacidade e num cruzamento da direita Salinas obrigou o guarda redes Luís Paulo a empregar-se a fundo. O jogo começava a ficar partido com alternância de situações prometedoras numa e noutra baliza.

Aos 66 minutos um livre batido do lado esquerdo como atacava o Sertanense levou o esférico a atravessar toda a área caldense sem que ninguém conseguisse interferir. Perdeu-se pela linha de fundo. Na resposta Ednilson, muito rápido, foi cruzar atrasado à linha de fundo. A defensiva da casa, atenta, afastou.

Com tão poucas “chances” de faturar as bolas paradas são opção. Um livre à entrada da área, descaído sobre a direita, aos 69 minutos, resultou em mais uma bola transviada.

Um canto para os visitantes levou preocupação à defensiva sertaginense, em cima dos 78 minutos, mas o venezuelano Homero, bem posicionado, esconjurou o perigo. Aos 83 minutos, já com o final à vista intensificou-se a pressão do conjunto da casa e assistiu-se a uma sequência de cantos a seu favor. No entanto, daí nada resultou.

Com quatro minutos para jogar, o lance que encerrou o jogo foi um remate de Davou de longe que saiu muito distante da baliza dos visitantes. Resultado aceitável. A repartição de pontos terá deixado o Caldas mais satisfeito. Subiu ao nono lugar, por troca com o Nogueirense e o Sertanense continua imediatamente abaixo da linha de
água a três pontos do Alverca. Boa arbitragem.

SERTANENSE 1
Miguel Assunção, Tito Júnior, Tiago Correia, João Jesus, Celsinho, Kevin, Homero, Lucas Salinas (Martim Luther King), Tiago Batista, Hugo Barbosa (Davou) e Sunday.
Suplentes não utilizados: Pedro Farinha, Miguel Cunha, Ide Colubali, Felício e Sócrates.
Treinador: Hugo Martins.

CALDAS 1
Luís Paulo, Thomas Militão, Pedro Gaio, Juvenal (Flávio), Filipe Cascão, Paulo Inácio, Vitor Rodrigues (Ednilson), André Simões, Leandro Vilas Boas, Rafael Silveira e Luís Farinha (Januário).
Suplentes não utilizados: Guilherme, Passuco, Rui Almeida e Marcelo.
Treinador: José Vala.

GOLOS: Sunday (Sertanense) e Leandro Vilas Boas (Caldas).

Arbitragem:André Castro, Pedro Assunção e Diogo Oliveira (AF Aveiro).

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