O AC Marinhense deslocou-se este fim de semana a Mira de Aire para vencer por 3-1 a equipa do Mirense, num jogo que apenas começou após as 16h, já que as marcações do campo do Mirense se encontravam invisíveis. Após muito esforço da equipa da casa, o jogo começou mesmo, sem que na bancada se visse as linhas da grande área e inclusive as linhas laterais, numa decisão incompreensível do árbitro da partida, onde também se adivinhava um nevoeiro intenso.
O jogo começou mesmo e foi o Marinhense que entrou melhor, apesar de “morno” o controlo, dado o muito tempo parado: Cabeçada de João Paulo à passagem do minuto 2, após cruzamento de Rúben Martins, a sair ao lado. O mesmo João Paulo cabeceou novamente 12 minutos depois, com a bola a sair novamente ao lado.
Avistava-se o golo do Marinhense e chegou mesmo: Cruzamento de Tozé, intercepção da defesa do Mirense que Rúben Martins bloqueia, coloca a bola em André Sousa e o médio, com um potente remate, a fazer o 1-0.
Respondia o Mirense pouco tempo depois, após um canto: Bola bombeara para a área, sobra para Canela que de primeira remata e proporciona a Guerra uma grande defesa.
Ainda antes do intervalo, o Marinhense esteve perto de chegar ao golo por três vezes, por Rúben Martins, Alex e Tozé, que remataram todos ao lado e levaram o resultado para o intervalo em 1-0.
Na segunda parte, o nevoeiro ameaçava chegar enquanto o jogo “arrefecia”. Foi preciso esperar pelo minuto 63 para ver um grande remate de Pedro Rodrigues, para uma defesa complicada de Nuno.
À passagem do minuto 76, chega a oportunidade do segundo tempo: Grande jogada do Marinhense, Alex Dias cruza para João Paulo, este finaliza para golo e quando a bola se encaminhava para o fundo da baliza, a mesma para em cima da linha, onde uma enorme poça de lama se encontrava. Depressa um defesa do Mirense tirou a bola e evitou o golo que sentenciava a partida.
Não marcava o Marinhense, marcavam os homens do Mirense: Na única oportunidade clara de golo, o Mirense bombeia a bola no canto, a bola sai do terreno de jogo com a defesa do Marinhense a parar e Kiko aproveita para fazer o 1-1, de forma inacreditável.
Quando se pensava que o jogo iria terminar empatado a 1, eis que surge John Abraham: Arrancada do veloz extremo, a deixar para trás três defesas do Mirense e sozinho, a desfazer o empate perante um Mirense desamparado.
O jogo caminhava para o final, quando o nevoeiro tomava conta do Estádio do Mirense. O árbitro da partida decide parar o jogo durante 1 minuto, e, após o nevoeiro passar e conseguir-se ver em condições mínimas, retomou o mesmo.

O Marinhense iria mesmo chegar ao 3-1, que marcaria o marcador final: Cruzamento na esquerda e João Paulo a fazer o último golo da partida, para muitos protestos dos homens da casa, que reclamavam fora de jogo, sendo que é imperceptível da bancada se o mesmo se verifica ou não, dado o nevoeiro sentido.
Resultado final marcava um 3-1 favorável ao Marinhense, justo pelo domínio em toda a partida, permitindo ao Marinhense apenas 2 remates, num jogo com decisões polémicas importantes da equipa de arbitragem, nomeadamente o início do jogo e a retoma do mesmo, sob um nevoeiro imenso.

ANDRÉ LUCAS ( AC Marinhense)

UR Mirense 1
Nuno, Fonseca, Diogo(C), Ezequiel, Crespo, Fojo, Igor (89’  João Matias), Vladislav, Popescu (60’ Niné), Kiko, Canela (79’ Leandro)
Não jogaram: João Oliveira, Filipe Cândido e Samuel
Treinador: Cabé

AC Marinhense 3
João Guerra, Fred Machado, Luís Oliveira, Pedro Rodrigues, Tozé, André Sousa, Bernardo Lopes, Pedro Faustino (89’ Rúben Coelho), Rúben Martins (65’ John Abraham), João Paulo, Alex Dias (77’ Zé Pedro)
Não jogaram: Hugo Pinheiro, Pedro Emanuel, Fábio Silva, Marcos Santos
Treinador: Marco Aurélio

Estádio Manuel Donato dos Santos Ferreira, Mira de Aire
Árbitro: André Mendes (2)
Assistentes: Nuno Lourenço e Paulo Silva
Espectadores: 300.
Ao intervalo: 0-1.
Golos: 15’ André Sousa (0-1), 81’ Kiko (1-1), 88’ John Abraham (1-2), 90+2’ João Paulo (1-3)
Disciplina: Amarelo a Pedro Rodrigues (60’), Expulsão a Kiko (90+3’)