
O Sporting de Mêda está a duas vitórias de conseguir a subida para o Campeonato de Portugal. O Derbie esteve à conversa com o treinador Rogério Afonso sobre o atual momento que o clube vive. Hoje, o Mêda disputa as meias-finais da Taça distrital, perante o Ginásio Figueirense.
Está a dois pontos de uma inédita subida aos nacionais. Como está a equipa a viver este momento?
Com alguma ansiedade, como era de esperar, mas cientes das dificuldades que vamos encontrar ate ao final da época desportiva.
Era o objetivo no início da época?
Os objetivos que nos foram propostos pela direcção foi ficar no Top 3 do campeonato e atingir as meias-finais final da Taça de Honra.
E agora sonham obviamente com a subida?
Dado o potencial da equipa e compromisso apresentado por todos ao longo da época, só temos esse pensamento em mente.
Em caso de não conseguir a subida, a época será negativa?
Não, porque a aposta não era de ter a subida como principal objetivo. Temos um plantel de 25 jogadores, 20 dos quais são formados localmente e 10 vieram da equipa de juniores da época passada (5 com idade de júnior).
Caso alcance a subida o clube tem estrutura para se aguentar num campeonato nacional?
Neste preciso momento, ainda não paramos para pensar nessas questões muito pertinentes. A equipa técnica está focada nas duas jornadas que faltam para o final do campeonato e na meia final da taça. Contudo a minha opinião é que o Campeonato Nacional de Seniores esta desfasado da nossa realidade competitiva.
Em relacao à taça distrital. O objetivo passa pela conquista do troféu?
Sim. Apesar de amanha termos o jogo muito complicado contra o Ginásio Figueirense, o nosso foco está na qualificação para a final. A equipa está num ciclo de 11 vitórias seguidas, o que nos dá uma confiança cega, que vamos atingir esse objetivo.
Como analisa o nível do distrital da Guarda?
De bom nível.O facto de só termos uma equipa nos Nacionais (CNS) faz com que haja mais qualidade a nível distrital.
A que se deve o facto de os clubes da Guarda não conseguirem manter-se nos nacionais?
Por vários fatores, no entanto aquele que me diz respeito que é o fator desportivo, precisamos de um clube de referencia no Distrito, com uma estrutura forte e uma visão a longo prazo que unisse o distrito em seu redor. Da forma que estão estruturadas as competições a nível Nacional também não ajudam. a extinção da 3.ª Divisão, não favorece as equipas da AF Guarda. Não é fácil a logística para nós, quando o clube esteve na 3.ª Divisão e nos Campeonatos Nacionais de iniciados e Juvenis, tínhamos de nos deslocar aos distritos de Aveiro, Porto e Braga. E não competíamos com as equipas dos Distritos limítrofes.