O treinador da equipa sénior de voleibol do Sporting Clube das Caldas e diretor técnico da modalidade, Júlio Reis, comemora 25 anos a treinar e sente-se “completamente realizado” perante um projeto que nasceu consigo na cidade.
“Chegar a um grande clube e conquistar bons resultados é fácil. Chegar a uma cidade onde não há sequer a modalidade e evoluir, é difícil. Quando temos todos os recursos financeiros à nossa disposição, apenas temos que saber gerir esses recursos. A realidade nas Caldas não é essa. No entanto, já chegámos próximo dos grandes. A equipa foi subindo de divisão. No ano passado, quando saíram atletas importantes, lancei atletas da formação, fomos buscar outros. No início afirmava-se que íamos ter bastantes dificuldades para manter o nível, mas tudo de positivo aconteceu”, descreve.
Júlio Reis fez das Caldas uma cidade reconhecida na modalidade. Nasceu e jogou em Espinho, mas foi em Caldas, que iniciou a sua carreira de treinador. “As pessoas que me conhecem, sabem o quanto me tenho dedicado à vida desportiva do clube. Quando cheguei às Caldas, recebi o convite do dr. Mário Tavares, que sempre acreditou no meu projeto, pessoa que sempre me apoiou incondicionalmente. O sr. José Augusto é outro dirigente e amigo que semanalmente me telefona a apoiar e desejar bom jogo para a equipa. Também foi importante, ao longo destes anos, o apoio das diversas direções do clube. Mas há instituições e pessoas que não se esquecem e ficaram na história do percurso do voleibol: a Câmara Municipal, na pessoa do dr. Tinta Ferreira, que acreditou e apoiou a honestidade e potencial de crescimento do projeto. Sempre objetivo no que podia apoiar e no que não podia”, manifesta.
O técnico acredita que o Sporting das Caldas “tem espaço para crescer”, afirmando que um dos seus sonhos é “dar um título nacional às Caldas” (o que na época passada esteve muito próximo).
“Temos alguns reforços, os nossos atletas de formação evoluíram bastante, e a equipa no seu conjunto está mais coesa”, apontou.
Este ano há menos atletas da cidade. “Apenas o Afonso Reis, o Diogo Oliveira e o Miguel Agapito são atletas das Caldas. Representam-nos também nas seleções nacionais, o que para nós é um orgulho. Todos os outros seguiram outros rumos nas suas vidas, mas foram também bastante importantes no percurso do clube e na sua identidade. O Ricardo Oliveira (Kiká) e o Nuno Pereira já estão cá há alguns anos e por isso estão integrados na dinâmica do clube. Os restantes atletas foram uma opção e aposta minha e neles deposito toda a minha confiança”, declarou.
Jornal das Caldas