O campeonato para o Caldas começa a complicar-se depois de mais uma derrota, desta vez em casa por uma bola a zero. O fundo da tabela é cada vez mais uma certeza e o ânimo para sair desta condição passa pela moralização, mas também pela concretização. Duas condições difíceis de gerir, segundo Gila.
O treinador do Caldas, no final da partida diante o Louletano, sem rodeios, queixou-se da falta de finalização dos seus avançados, lamentou-se por ter vários atletas lesionados ou condicionados, das desvantagens em termos de condições de trabalho, mas também disse que não iria buscar mais nenhum jogador para reforçar a equipa, porque não há condições.
“Estamos com grandes dificuldades na concretização. A equipa está numa fase que não consegue fazer golos. A partir do momento em que a equipa sofre um golo há um desânimo e uma falta de acreditar. Esta é a nossa realidade”, declarou.
“Os jogadores dão o que têm e foram de uma entrega exemplar, mas isso não foi o suficiente. Sabemos que estamos numa divisão extremamente competitiva e as dificuldades existem e estão sublinhadas. Teremos de ser ainda melhores para dar a volta à situação”, apontou, numa análise à partida.
“É complicado moralizar quando se perde. Depois de um dia de trabalho, quando se vai para o treino, alguns com problemas familiares, outros com problemas laborais. A verdade é que não somos uma equipa profissional como acontece com a grande maioria das outras equipas, onde a ocupação principal é o futebol e estão a cem por cento. Nós teremos que tentar estar a cem por cento durante a noite para treinar. É difícil motivar, porque quando se ganha é tudo mais fácil. Quando as derrotas começam a seguir-se é muito mais difícil gerir. A cara de quem ganha não é a mesma de quem perde”, desabafou.
As derrota terão de ser resolvidas no seio do grupo de trabalho e só conversando abertamente se poderá chegar a uma conclusão, assumindo-se os erros de todas as partes. As ausências de Fábio Sabino, que tirou o gesso e está em recuperação, mas também a incerteza da situação de Fabinho, que ainda aguarda para realizar a intervenção cirúrgica, complicam um plantel que tem de contar com as condicionantes de Daniel, que está com uma lesão muscular, Morgadinho, que arrasta uma lesão no joelho, e Marco Duarte, que está a recuperar de uma lesão.
“Está difícil e são muitos. Em especial numa posição do terreno onde nos fazem falta. Temos de trabalhar com os que temos. Será com estes que vamos dar a volta, porque regressos não se adivinham”, disse Gila, que questionado se poderia ir ao mercado, responde claramente que “não há condições para se ir buscar mais ninguém. Se houvesse matéria prima seria importante. Neste caso o importante é recuperar quem está

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