Pimenta termina a carreira

Aos 31 anos, Rui Pimenta abandonou os relvados. A decisão foi forçada, mas não havia volta a dar. A recomendação foi feita pelos médicos, que descobriram problemas nas cartilagens do médio durante uma artroscopia ao joelho esquerdo.
«Fui forçado a desistir. Fui operado ao joelho esquerdo, a um problema no menisco, que me bloqueava o joelho. O joelho não esticava e podia demorar horas ou dias a recuperar», começou por explicar, a A BOLA, Pimenta, acrescentando: «A ressonância magnética não acusava nada e quando abriram viram que havia problemas a nível de cartilagem, que já está desgastada. Se continuasse a jogar podia ser pior, podia ter que levar uma prótese.»
O extremo do União da Serra mostrou-se muito abatido com a situação, mas, no entanto, é professor de Educação Física e, por isso, ainda vai continuar a trabalhar na área do Desporto, embora nunca de forma tão intensa. A frustração é, porém, perceptível, já que o extremo fez «um dos melhores inícios de época de sempre.»
«Há sempre um misto de tristeza e frustração, porque ainda podia ter feito mais alguns anos no futebol. Uma coisa é sermos nós a desistir… Outra é ouvir do médico uma notícia que apanha qualquer um de surpresa», disse Pimenta, lamentando: «Ia fazer uma cirurgia simples.»

Podia continuar mas…
O abandono podia esperar até ao final da temporada, «mas para estar a estragar o que o médico conseguiu arranjar e ficar com sequelas…» «Decidiu-se que era melhor abandonar já», atirou.

Homenagem de colegas e treinador
A passagem de Pimenta pelo União da Serra não foi em vão e o extremo foi homenageado pelos companheiros e treinador, Frederico Rasteiro: «Assinaram a camisola com o meu nome e numero e entregaram-me ao intervalo. Gostei muito de passar por este clube. Não é todos os dias. Não são todos que recebem este tipo de homenagem. Fiquei mesmo sensibilizado», sublinhou.
«O Pimenta nunca foi de grandes protagonismos, foi um jogador muito consistente, honrou as camisolas por onde jogou, porque a posição não lhe proporcionava isso», reconheceu Frederico Rasteiro.

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