O Caldas SC venceu, na tarde deste sábado, o Sporting da Covilhã por 2-1, com golos de Matheus Palmério e Zé Gata, ambos lançados a partir do banco. As substituições revelaram-se decisivas e premiaram a aposta do treinador José Vala, determinante na reviravolta, depois de a sua equipa ter estado em desvantagem no marcador.
A primeira parte foi disputada e marcada sobretudo pelo empenho e pela entrega de ambas as equipas. O jogo assumiu um registo essencialmente físico, com sucessivas faltas a travarem o ritmo, sobretudo na zona central do terreno. Apesar da determinação em progredir e criar perigo, faltaram argumentos ofensivos e discernimento no último terço para transformar a intensidade em oportunidades claras de golo.
A única ocasião digna de registo surgiu aos 29 minutos, na área da formação serrana, quando Miguel Velosa, à meia-volta, atirou por cima, naquele que foi o único momento de verdadeira definição ofensiva na etapa inicial. O lance ilustrou as dificuldades de ambas as equipas em superar defesas bem organizadas, num primeiro tempo marcado por algum ascendente da equipa da casa, mas dominado sobretudo pela intensidade física e pelo equilíbrio tático.
Após o intervalo, o Caldas entrou com maior disponibilidade e intenção de desfazer o empate, mas continuou sem encontrar soluções eficazes para penetrar na área serrana. Aos 57 minutos, Pepo tentou surpreender com um remate à entrada da área, mas Gustavo Galil defendeu com segurança. Perto da hora de jogo, o treinador José Vala promoveu duas substituições em simultâneo – entradas de Zé Gata e Matheus Palmério, que se revelaram determinantes -, procurando dar novo fôlego e maior dinâmica ofensiva à equipa.
Numa altura em que o Covilhã demonstrava solidez defensiva, a sua equipa chegou ao golo aos 67 minutos, num lance com dois protagonistas: Eduardo Silva executou um cruzamento milimétrico para a área e Cheikh Niang, de cabeça, inaugurou o marcador. A reação do Caldas foi imediata, muito impulsionada pelas alterações promovidas pelo treinador, e o empate chegou pouco depois (75’), com Matheus Palmério a finalizar de cabeça na sequência de um livre cobrado por Diogo Clemente.
Já na reta final, num jogo que então ganhou maior vivacidade, Zé Gata – também lançado a partir do banco – assinou um belo golo aos 84 minutos, após assistência de Gonçalo Barreiras, igualmente suplente utilizado. As mexidas revelaram-se decisivas, permitindo à equipa da casa completar a reviravolta e garantir os três pontos, depois de ter estado em desvantagem.

Campo da Mata, em Caldas da Rainha

Equipa de Arbitragem
Árbitro: João Soares
Árbitros assistentes: Mitchell Galvão e Bruno Costa
Quarto árbitro: Rafael Marques

CALDAS 2: Wilson Soares, Yordy, Zé Ricardo (Gonçalo Barreiras, 82’), Pipo, Pepo (Zé Gata, 58’), Ricardo Alexandre (Nuno Januário, 70’), Diogo Clemente, Miguel Velosa (Gonçalo Chaves, 82’), Duarte Marreta, João Rodrigues (Cap.), David Lopes (Matheus Palmério, 58’).
Suplentes não utilizados: Duarte Almeida, Luís Farinha, Rui Carreira, Ewandro Santos.
Treinador: José Vala
Disciplina: cartão amarelo para Zé Gata (70’).

COVILHÃ 1: Gustavo Galil, Cândido Santos, Tiago Caveira (Cap.), Ângelo Barbosa, Fábio Cruz (Rui Faria, 70’), Rodrigo Ferreira (Vasco Cunha, 88’), Eduardo Silva, Alison Calegari, Filipe Garcia (Telmo Watche, 77’), Jailson Gomes (Miguel Silva, 77’), Cheikh Niang.
Suplentes não utilizados: Igor Araújo, Pedro Ribeiro, Gonçalo Loureiro, Rafael Piteira.
Treinador: José Bizarro
Disciplina: cartão amarelo para Alison Calegari (77’), Rodrigo Ferreira (84’).

Golos: 0-1 por Cheikh Niang (67’); 1-1 por Matheus Palmério (75’); 2-1 (Zé Gata, 84’).