Com os dois golos que apontou bem perto do intervalo, André Gonçalo sente que ajudou o Ançã a libertar-se um pouco mais no duelo com o CA Gândaras, com o avolumar do resultado (5-0), durante a segunda parte, a ajudar a comprovar a ideia. “Tínhamos o jogo bem preparado e estávamos confiantes”, refere o avançado, feliz por ter bisado no último domingo, ainda que “o mais importante sejam os três pontos, num campeonato com tão poucos jogos”.
Ao cabo de três jornadas, o Ançã FC é líder do Grupo A do Torneio de Apuramento para as Provas Nacionais, com sete pontos. “Nesta primeira fase, o objetivo é, claramente, ficar num dos dois primeiros lugares, que dão acesso à fase de promoção. Depois, queremos tentar alcançar a tão almejada subida”, elenca, mesmo que esta venha sendo uma época atribulada, com uma paragem longa pelo meio devido à pandemia de Covid-19, que condicionou todas as equipas. “Nota-se muito cansaço, lentidão e até falta de força em alguns movimentos. É difícil”, confessa o avançado, de 30 anos.
Por tudo isso, sente que “ninguém parte em vantagem” para o torneio de apuramento, que promete emoções fortes até final. Para já, André preocupa-se apenas em ajudar o Ançã FC a conseguir os seus objetivos. Para trás fica uma carreira que “poderia ter sido um bocadinho melhor”, a qual contou com uma passagem pelas camadas jovens do Sporting Clube de Portugal. “Não posso dizer que foi uma carreira má, mas também não foi a que ambicionava quando era mais jovem. Tinha outros sonhos, mas foi a possível. Sinto que, tal como muitos colegas, nasci na altura errada. Foi quando acabaram com as equipas B, que agora, felizmente, proporcionam muitas oportunidades aos jovens”, remata.

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