AF.Portalegre I Plano de reestruturação vai acabar com o futsal no interior

A Direcção da Associação de Futebol de Portalegre (AFP) discorda profundamente do Plano de Reestruturação do Futsal aprovado, na passada quinta-feira, em reunião de Direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Deste logo, porque as Associações de Futebol Distritais e Regionais (ADR’s) não tiveram a possibilidade para contribuir na elaboração de uma importante alteração dos quadros competitivos do futsal e, principalmente, porque acredita que estes não são os modelos que melhor defendem os interesses da grande maioria dos clubes a nível nacional.
Desde a época 2004/05, ou seja, nas últimas 16 épocas desportivas, o escalão principal do Futsal Português conta com a participação de 14 equipas, o que, de per si, demonstra que este é o modelo mais adequado à competição, caso contrário não se tinha verificado uma longevidade quase inigualável na história das competições federativas. Por outro lado, é um contrasenso que, em 2020/21, a Liga Placard sofra um alargamento para 16 clubes, número que, nas épocas seguintes, se reduzirá até 12 (2022/23). A AF Portalegre considera que este modelo prejudica claramente os clubes mais pequenos, que representam o Interior do País e que, a curto prazo, enfrentarão ainda mais dificuldades para assegurar um lugar no escalão principal do futsal nacional.
Com a entrada dos 20 representantes distritais e regionais, a 2ª Divisão Nacional passará dos actuais 60 clubes para 80, aos quais se juntam oito da Série Açores. Será uma época de transição, que implicará a criação da 3ª Divisão na época desportiva seguinte. É uma decisão que AF Portalegre saúda, pois permite equilíbrio e competitividade nas provas nacionais de futsal.
O que AF Portalegre não concorda de forma nenhuma é que, com a criação de uma 3ª Divisão, haja despromoções directas da 2ª Divisão para os Campeonatos Distritais, até porque se trata de uma fórmula completamente diferente daquela que acontece (por exemplo) com a criação da 2ª Divisão Nacional nos escalões de iniciados e juvenis de futebol. É ainda mais inaceitável que os campeões distritais e regionais deixem de ter acesso direto à Prova Nacional (3ª Divisão), tendo de disputar um Playoff. Esta decisão coloca em causa princípios fundamentais como a Igualdade, Equidade e Representatividade. O Futsal não pode ter um tratamento diferente do Futebol.
A Direcção da Associação de Futebol de Portalegre considera que este Plano de Reestruturação do Futsal é penalizador para os clubes que já sentem diariamente com os constrangimentos da interioridade e que sofrem assim mais um golpe nas suas aspirações.

AF Portalegre

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