FUTSAL I Olho Marinho a um passo da primeira divisão

Treinador que dispensa apresentações no futsal português, Ricardo Lobão está muito próximo do comandar o Olho Marinho à inédita subida à 1.ª Divisão. Em conversa com o zerozero, o técnico, de 49 anos, salientou a importância de manter o equilíbrio emocional numa fase tão decisiva da competição, lembrando que o emblema de Óbidos saiu derrotado nos três jogos que realizou com o Estoril na presente temporada. Ainda assim, mostra-se confiante de que será realizada a festa já este sábado, bastando, para tal, fazer o mesmo resultado do Portimonense. Após um longo percurso na 1ª Divisão, Ricardo Lobão garante que não sente saudades de competir ao mais alto nível. Mas, por outro lado, carrega a esperança/responsabilidade de oferecer a tão desejada festa de subida ao clube e à região. Caso tal se concretize, o técnico considera que o Olho Marinho tem todas as condições para estabilizar na elite do futsal português, embora não tenha confirmado se irá manter-se no comando da equipa na próxima temporada.

Objetivo inicial: «Traçámos como meta chegar à fase de subida e, depois, subir. Sabíamos que era muito complicado, pois estávamos numa série difícil, mas conseguimos chegar a uma fase em que estamos numa boa posição para o conseguir. No entanto, temos a noção de que vamos defrontar a única equipa [Estoril] que nos ganhou todos os [três] jogos esta época. É um jogo de grande responsabilidade, mas estamos confiantes».

Próximo do sonho: «Há uns tempos, era quase inimaginável ter o Olho Marinho na 1ª Divisão. É normal que, por estamos tão próximos, crie alguma ansiedade. No entanto, este sentimento não pode permitir que percamos discernimento. Será muito importante mantermos o equilíbrio emocional, procurando sempre ser fiéis à identidade que nos trouxe até aqui. Fundamentalmente, controlarmos as emoções».

Trajeto irrepreensível: «Os adversários têm valorizado muito aquilo que temos vindo a fazer. Não era expectável que nós e o Portimonense tivéssemos tantos pontos nesta altura, mas é sinal que, nos momentos decisivos, conseguimos ser mais competentes. São equipas com valor idêntico e têm sido os pormenores a fazerem a diferença. O comportamento dos jogadores e a forma como têm interpretado aquilo que lhes é pedido tem sido notável».

Estabilizar na elite: «Se conseguirmos a subida, que para já não é uma realidade, o Olho Marinho tem condições para estabilizar na 1ª Divisão. É um clube com dificuldades, como muitos outros da 1ª Divisão, mas com grande estabilidade. Isso é fundamental. O segredo passará por dar continuidade ao trabalho feito, pois já formámos o grupo e implementámos um modelo e caraterísticas que se aproximam e adaptam à 1.ª Divisão. Consideramos que este trabalho poderá ser diferenciador».

Saudades da 1ª Divisão?: «Não. Saí por opção e questões familiares. Só aceitei treinar o Olho Marinho por um capricho pessoal, que acabou por se tornar algo sério. Já tive convites da 1ª Divisão, mas optei por continuar no Olho Marinho. Carrego o peso de dar a alegria que o clube e a cidade de Óbidos tanto desejam ter, que passa por colocar o clube na elite».

ZEROZERO

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