Sara Lança na 2.ª ronda

Sara Lança obteve quarta-feira aquela que está a ser considerada a maior vitória da sua carreira e a primeira num piso que não terra batida em quadros principais de torneios a contar para o ranking mundial. Na primeira ronda do 1.º Obidos Ladies Open, de 25 mil dólares em prémios monetários, pouco mais de 20 mil euros, Sara Lança desfeiteou a búlgara Aleksandrina Naydenova por 7-5 e 6-1 em 78 minutos.

Sem dispor de classificação no ranking mundial neste momento, a portuguesa de 21 anos derrotou uma adversária de 26 anos, que é a atual 431.ª da hierarquia WTA e que chegou a ser 238ª, contando com 7 títulos ITF na sua carreira.

Sara Lança, pelo contrário, tem como melhores resultados de carreira em eventos da Federação Internacional de Ténis uma presença nos quartos de final de Rabat (Marrocos) em 2015, tendo sido ainda oitavofinalista noutras quatro ocasiões, uma das quais no ano passado, na Tunísia, sempre sobre pó-de-tijolo, bem diferente desta relva sintética.

A sua próxima adversária, na quinta-feira, será ainda mais complicada, a 1.ª cabeça-de-série, a australiana nascida na Rússia, Arina Rodionova, antiga vencedora do Open da Austrália de sub-18 na variante de pares. Atualmente com 28 anos, já esteve às portas do top-100 e neste momento é a 131.ª classificada no ranking mundial. Exibiu-se em muito bom nível bateu a qualifier britânica Maia Lumsden por 6-2 e 6-2.

Se Sara Lança teve motivos para festejar, Lúcia Quitério viveu um amargo 18.º aniversário na Guardian Bom Sucesso Tennis Academy, sem grandes razões de celebração. A jogadora do Centro de Alto Rendimento da FPT no Jamor perdeu com a veterana italiana Giulia Gatto-Monticone, a 3.ª cabeça de série, por 6-0 e 6-1 em 62 minutos.

No final de um embate em que cometeu 6 duplas-faltas e só meteu 49% de primeiros serviços, ganhando apenas 43% desses pontos, Lúcia Quitério teve o discernimento de admitir que «ela é uma jogadora bastante experiente e superior a mim em todos ou quase todos os aspetos. Estava a precipitar-me e a arriscar demasiado para as linhas, deveria ter jogado com um pouco mais de margem de erro para poder ganhar um pouco mais de confiança nas minhas pancadas». «Ninguém gosta de perder, mas eu já esperava um encontro difícil, especialmente por ser o primeiro deste ano nesta superfície, onde ainda demoro algum tempo em adaptar-me”, disse a atleta treinada por Neuza Silva, a selecionadora nacional feminina, que nos seus tempos de jogadora adorava esta relva sintética.

Apesar do desaire pesado que infligiu à portuguesa, a italiana Giulia Gatto-Monticone, de 30 anos, não ficou com má impressão da adversária: “Não conhecia esta portuguesa e ela é tão jovem… só esta manhã percebi que ela é esquerdina. Estava à espera de sentir dificuldades em responder ao serviço dela, mas acabou por ser um encontro estranho. Parece-me que ela pode jogar muito melhor. Eu tentei movimentar-me bem, porque é a primeira vez que jogo em Óbidos e tenho de compreender um pouco melhor este court e como deveremos mexer-nos nele”.

Quanto a Ana Filipa Santos, viu o seu encontro interrompido por falta de luz natural frente à espanhola Yvonne Cavalle-Reimers, com o resultado em 1-1 no segundo set, depois de Cavalle-Reimers ter-se imposto na primeira partida por 6-0.

É este encontro que inicia a jornada de quinta-feira no court n.º1, logo às 9h30. Para além da conclusão da primeira ronda, estão escalonados todos os duelos dos oitavos de final, mas a previsão meteorológica aponta para muita chuva.

No caso de a chuva se confirmar, o diretor de torneio, Nuno Mota, tomou a decisão de fazer dois transportes diários para Santarém e disputar os encontros em recinto coberto.

A jornada de quarta-feira só começou às 13h00, com um atraso de três horas, devido aos courts estarem ainda muito molhados de uma chuvada que caiu logo às 7 da manhã. O vento foi depois o maior obstáculo das jogadoras.

Outro resultado que se destacou entre as derrotadas, para além das portuguesas, foi o da polaca Katarzyna Piter, antiga top-100 mundial e ex-parceira de pares da francesa Kiki Mladenovic, com quem venceu o torneio WTA de Palermo em 2013. Piter, de 27 anos, atual 370.ª no ranking mundial, nem é cabeça de série neste momento e perdeu com a checa Monika Kilnarova (378.ª), a campeã de pares do Montemor Ladies Open, por 4-6, 6-2 e 6-2, num duelo em que foi assistida no court à zona lombar.

RECORD

Comentários e pings estão fechados.

Comments are closed.

Criado por pombaldir.com Nenhuma parte deste site pode ser reproduzido sem a autorização do jornal "O Derbie" Sugestões e Criticas a este site: [email protected] ou 968 628 512 e 236 217 163