A eliminação do Sporting na Taça da Liga

A forma como o Sporting foi eliminado da Taça da Liga, pelo Vitória de Setúbal, tem sido comentada nos mais variados tons. As opiniões divergem, o que não é novidade – cada cabeça, sua sentença. Deixo aqui também uma opinião, a pedido de um amigo que conhece a minha simpatia leonina, mas antes devo deixar claro: no tempo em que o exercício da profissão me obrigava a esquecer a ‘paixão’ clubista, manifestava o meu ponto de vista com isenção e rigor. Hoje posso dizer que gosto do Sporting desde que me conheço. Mas a minha opinião não muda por causa disso. Continuo a ver as coisas desapaixonadamente. E o que vi ontem, quarta-feira, dia 4 de janeiro de 2017, foi uma exibição da equipa treinada por Jorge Jesus aquém do que se deve exigir a uma equipa de um clube com o peso histórico que se conhece ao Sporting e às expectativas de vitórias que criou para os tempos mais próximos, com investimentos que estão entre os maiores dos clubes portugueses. Só para esta época foram contratados acho que dez jogadores, alguns dos quais têm sido muito pouco utilizados. Com um modelo de formação superior, reconhecido internacionalmente, o Sporting entrou a jogar em Setúbal com três jogadores portugueses, um veterano (o guarda-redes Beto) e dois jovens (o defesa Ricardo Esgaio e o médio William Carvalho). Nas substituições, utilizou, a partir dos 77 minutos, outro jovem português (Gelson Martins, no lugar do sérvio Markovic). O Vitória de Setúbal, que passa por grandes dificuldades financeiras, iniciou o jogo com 10 (dez) portugueses, alguns recrutados nos campeonatos regionais… A equipa orientada por José Couceiro, sportinguista dos quatro costados, esteve a ganhar até aos 79 minutos, quando o Sporting empatou por Elias. O Vitória de Setúbal perdeu alguma da coesão que mostrou até aí e o Sporting, a quem o empate bastava para seguir em frente, podia ter chegado à vitória em dois ou três lances de ataque, mas faltou o melhor aproveitamento. E foi o Vitória de Setúbal, apesar do ‘soco’ que levou ao sofrer o empate, que ainda teve força para fazer 2-1 no último lance do jogo, com um penalti que já fez correr muita tinha e ainda irá dar muito que falar. Meus amigos, vejam/revejam com atenção as imagens desse lance. O Sporting não se conforma, mas talvez tenha que se queixar mais de si próprio. No lance do 1-0, o ‘central’ Venâncio fez tudo com impressionante facilidade. Que reacção tiveram os jogadores do Sporting na marcação do canto? No meu tempo, era hábito muito válido colocar um defesa a cada poste, como protecção ao guarda-redes. Hoje, o que se vê? Um amontado de jogadores acotovelando-se e empurrando-se à frente da baliza, estabelecendo confusão total. É o futebol moderno… Outros momentos poderiam ser aqui referidos em desabono da exibição do Sporting, como passes mal medidos e perdas de bola em zonas de grande risco, mas acho que chega. O Sporting terá que reflectir bastante a pensar nos próximos jogos, porque ainda há muito campeonato e Taça de Portugal para disputar…

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