Análise da época na divisão de Honra

Nos últimos tempos tem-se assistido a uma tentativa de recuperar este clube, devolvendo-o a um espaço que será certamente determinante até para o seu futuro. Esta temporada que terminou não foi no entanto um completo mar de rosas, tendo o clube vivido entre alguns percalços competitivos, vindo na parte final do campeonato a dar então o “safanão”, deixando para trás o G. Alcobaça na “meta”. Sempre defendi que o Peniche tinha o melhor plantel. Já quanto ao treinador Pedro Solá, acabou por ser uma aposta arriscada. Não que possa estar em causa o seu potencial enquanto técnico – para já ganhou – mas porque o seu ainda relativo pouco trajeto (Pousos) seria de criar algumas reservas. Também aqui o presidente Viola ganhou a aposta e fica de parabéns.
O G. Alcobaça, orientado por Filipe Faria, protagonizou uma das melhores épocas dos últimos anos no Distrital, ficando a quatro pontos do campeão, e num 2º lugar que acaba por revelar não só o bom trabalho do mister, como de todo um grupo de trabalho, incluindo a direção, que tem mantido uma aposta na formação.
Os resultados são visíveis e certamente que a próxima época voltará a ser de aposta reforçada. Até porque o nome do Ginásio está inscrito ao melhor nível nos anais do futebol nacional, recordando os anos dourados de 80 do século passado, época em que os azuis de Alcobaça militaram na 1ª Divisão Nacional.
Boa época foi igualmente realizada pelo L. Marrazes, clube que ficou um pouco mais longe do 1º lugar, a 11 pontos, sendo certo que só nas últimas jornadas perdeu fôlego. Resta saber se os comandados de Marco Aurélio não tinham também como meta “apenas” um lugar mais cimeiro.
O Pousos voltou a realizar um campeonato competitivo (os mesmos 56 pontos de Marrazes), no que representa também um ótimo trabalho, se tivermos em linha de conta a aposta forte na formação.
Vamos ainda recordar as prestações de Nazarenos, Guiense, Vieirense, Pelariga, Moita do Boi e Alqueidão da Serra. Estas equipas realizaram uma prova tranquila. Recordamos os técnicos Francisco Mota, José Godinho, J. Pereira (vai deixar o M. Boi), Juliano Roque, e Bruno Ramusga, treinadores que devem ser também olhados com outra atenção pelos clubes do Nacional. Ou seja, a exemplo dos jogadores que vão despontando, também o trabalho de alguns treinadores deverá ser seguido com atenção e detalhe.
Finalmente recorde-se as campanhas de Beneditense, Ansião e Alvaiázere: estas formações passaram por dificuldades várias; no caso do Beneditense poder-se-ia esperar uma presença na prova menos atribulada, ainda assim objetivos alcançados: permanência.
Portomosense, Pataiense e Unidos foram despromovidos, sendo que aos dois primeiros já se esperavam muitas dificuldades para esta época.

JORGE HUMBERTO (Jornal das Caldas)

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