
Mais uma vez a ‘’aldeia do hóquei em patins” saiu à rua proporcionando uma ‘’ moldura humana’’ soberba com o pavilhão turquelenses completamente lotado num ambiente verdadeiramente fantástico. O público aderiu e os jogadores também não quiseram desiludir e deram um espetáculo digno da “atmosfera” que se fazia sentir em torno deles.
Começou melhor o Benfica com uma entrada forte e dando indícios de querer resolver o jogo cedo, inaugurando o marcador logo ao minuto 3’ por intermédio de Tuco, num remate forte e colocado sem hipóteses para Marco Barros. O HC Turquel não se “encolheu” com o golo sofrido e respondeu de pronto com o empate por Tiago Rafael que oportuno já dentro da área bateu Guillem Trabal.
A partir do golo do empate turquelense, a partida perdeu intensidade e nem sempre foi bem jogada, com às “águias” a procurarem o golo mas encontravam sempre Marco Barros pela frente a responder “presente”. A formação de João Simões ainda não se intimidava e sempre tinha espaço obrigava o guardião espanhol a estar atento. Seria a entrada do “filho da casa”, Diogo Rafael, a trazer outra dinâmica à equipa da Benfica e seria mesmo o número 4 encarnado a colocar novamente os visitantes na frente do marcador, num remate forte e colocado à passagem do minuto 21’. Os turquelenses voltaram a responder bem e no último minuto do primeiro tempo tiveram uma oportunidade soberana para empatar de livre direto a castigar a 10ª falta do Benfica, mas Daniel Matias permitiu a defesa a Trabal.
No segundo tempo, a emoção continuou e os golos também. Logo ao minuto 7’ João Rodrigues perdeu a oportunidade de aumentar para 1-3, falhando o livre direto a castigar a 10ª falta turquelenses. Marco Barros com uma excelente exibição foi negando por diversas ocasiões o golo ao Benfica permitindo à sua equipa “sonhar” em pontuar e foi isso mesmo que aconteceu. O HC Turquel acreditou e a cerca de cinco minutos do fim empatava a partida, por Paulo Passos de uma confusão na área encarnada, num lance que deixou irritadíssimo Pedro Nunes. Grande festa nas bancadas.
O Benfica partiu à procura do golo do empate, mas a equipa da casa apoiada pelo seu público estava bem organizada defensivamente e saia para o contra-ataque com muito perigo. E seria já no último minuto da partida que Vasco Luís colocaria o HC Turquel na frente no marcador, com o pavilhão a “vir a baixo completamente”. Enorme festa nas bancadas com a jovem equipa de Turquel a estar a segundos de bater o campeão europeu. No entanto, o Benfica pressionou nos últimos segundos e Valter Neves aproveitou da melhor forma alguma desconcentração da defensiva e estabeleceu o resultado final em 3-3.
Excelente jogo de hóquei de patins, num ambiente fantástico, com o resultado a ajustar-se perfeitamente. Muito mérito para o HC Turquel que acreditou sempre que podia pontuar aliado à grande exibição do seu guarda-redes que manteve a equipa no jogo. Demérito para o Benfica que não teve a capacidade de “matar” o jogo, pecando muito na finalização, fator que era determinante pois já estavam certamente avisados o quanto difícil é jogar em Turquel.
Pavilhão Gimnodesportivo de Turquel
Árbitros: Rui Torres (AP Minho) e Paulo Rainha (AP Minho)
HC Turquel: Marco Barros, Daniel Matias, Tiago Rafael, Vasco Luís e Pedro Vaz.
Jogaram ainda: Paulo Passos
Treinador: João Simões
SL Benfica: Guillem Trabal, Valter Neves, Tuco, Carlos Lopez e João Rodrigues.
Jogaram ainda: Marc Coy, Diogo Rafael e Miguel Rocha.
Treinador: Pedro Nunes
Golos: 0-1 por Tuco (3’); 1-1 por Daniel Matias (5’); 1-2 por Diogo Rafael (21’); 2-2 por Paulo Passos (45’); 3-2 por Vasco Luís (49.15’) e 3-3 por Valter Neves (49.28’);
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