“Tenho saudades do nosso futebol”

China está de saída do Metalurh Donestk e pondera um regresso ao futebol português. O lateral esquerdo gostaria de voltar a pisar os relvados da Liga, após quatro anos e meio na Ucrânia. China representou na nossa região o Sp.Pombal e o Fátima, tendo depois rumado para o Belenenses.
«Gostaria de voltar. Nesta altura, a minha prioridade passa por aí. Tenho saudades do nosso futebol, dos nossos estádios, para além de me permitir estar mais perto da minha família», diz o jogador de 31 anos.
Perder parte do salário atual é uma realidade aceite pelo lateral: «Sei que terei de reduzir bastante em relação ao que recebia na Ucrânia, mas estive cinco anos fora do meu país, nesta altura preferia voltar. De qualquer forma, há uma possibilidade de ficar em outro clube ucraniano e há interesse de clubes de outros países, vamos ver.»
«Há alguma indefinição no futebol ucraniano. Há clubes a não querer subir à Liga e outros da Liga que estão a sentir dificuldades em encontrar novos patrocinadores. Há dois ou três presidentes com controlo sobre três/quatro clubes cada um mas agora decidiram retirar os apoios, não se percebe bem porquê. Apenas os clubes mais fortes estão a salvo. Mesmo assim, um salário de um clube da II Liga da Ucrânia é similar ao que pagam na Liga portuguesa», frisa o defesa, ao Maisfutebol.
João China não esquece a angústia dos últimos meses no Metalurh Donestk. «Estive seis meses a recuperar de lesão e, entretanto, o clube mudou de treinador. Apresentei-me bem mas, após chegar, percebi que não haveria oportunidades para mim. O treinador trouxe com ele alguns jogadores, um deles para a minha posição, e estando bem ou não, nunca joguei.»
«Fui jogando pela equipa B nos jogos em casa. O treinador vai continuar, portanto tenho de sair. Os dirigentes do clube gostam de mim e até falaram em arranjar-me outro clube na Ucrânia mas, neste momento, sou um jogador livre e a minha preferência é Portugal», repete o lateral.
A experiência na Ucrânia permitiu ao defesa crescer como jogador. «Sou melhor jogador nesta altura do que quando saí de Portugal. A adaptação foi difícil, mas cresci com esta experiência, tive de lidar com um clima diferente, relvados diferentes, um futebol diferente. Conseguimos por três vezes a qualificação para as competições europeias, embora não tenhamos chegado à fase de grupos», remata o lateral esquerdo.

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