Uma subida a ser pensada

O campeão distrital da divisão principal da época 2012/13 foi encontrado à penúltima jornada: o Riachense venceu o Mação por 2-1, em casa, e a festa foi feita no coronel Mário Cunha, quando ainda está por disputar um jogo da competição. O título era algo que a direcção tinha, ainda recentemente, assumido como objectivo, mas ser campeão e subir de divisão são duas coisas distintas, salienta José Júlio Ferreira, da equipa administrativa do clube. ”Ser campeão e viver esta alegria era algo que queríamos, subir de divisão é outra coisa que tem de ser decidida. No dia 17 de Maio há assembleia geral eleitoral e a nova direcção terá de tomar a decisão. Neste momento já não é penalizado o clube que não queira subir. Por conseguinte, se for essa a opção, o Riachense vai novamente disputar o campeonato distrital”. As finanças serão a base de sustentação da decisão final. ”É preciso ver que o nacional tem custos acrescidos significativos, nomeadamente as taxas de jogo. Este ano o Atlético pagou uma média de 175 euros de taxa e no nacional são 800 euros e o policiamento é obrigatório. Ou seja, 17 jogos em casa custam 17 mil euros, mais as inscrições que são a triplicar. Acho que é um risco”, diz o dirigente, embora, na sua opinião de adepto o Riachense deva subir porque os jogadores do clube merecem disputar uma competição nacional.

Riachense vai estrear novo campeonato?

Com a conquista do título distrital, o Atlético Riachense tem, por direito próprio, a possibilidade de disputar ”campeonato nacional de seniores”na próxima época, a única prova a ficar sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol. Recorde-se que, na temporada de 2013/2014, entra em vigor um novo quadro competitivo do futebol português que, grosso modo, se traduz na fusão das 2.ª e 3.ª divisões nacionais para dar lugar ao referido ”campeonato nacional de seniores”. O novo campeonato vai ser organizado em 8 séries regionais de 10 clubes, totalizando 80 emblemas em prova, a saber: 3 equipas que descem da Liga de Honra, 39 equipas que actualmente disputam a 2.º divisão nacional, 17 equipas que sobem da 3.ª divisão nacional (os dois vencedores das séries mais os cinco melhores terceiros), 19 clubes campeões distritais e mais duas equipas dos Açores. Nos anos seguintes, a subida à Liga de Honra é disputada numa poule entre os vencedores de cada uma das oito séries regionais, enquanto de cada uma dessas séries descem duas equipas aos distritais. Em resumo, a Liga profissonal organiza duas competições, a FPF apenas o ”nacional de seniores”, cabendo às associações as provas distritais, como já acontecia. Na próxima época, o futebol ribatejano vais estar presente apenas neste ”nacional de seniores”, e pelo Atlético Riachense e CD Fátima, e eventualmente pelo Atlético Alcanenense, ainda na corrida por um dos lugares da sorte. CD Torres Novas e SL Cartaxo já desceram ao distrital.

Pedro Monserrate fala da vitória e da política desportiva do município

Monserrate, treinador campeão, depois de, no ano passado, ter descido de divisão, falou após esta vitória de vários aspectos que considerou importantes nesta conquista. Reconhece que o Riachense deste ano não é o mesmo do de outros anos, ”em que tinha uma super-equipa”. ”Este grupo é composto por uma mescla de gente jovem e experiente, muitos dos quais estiveram cá o ano passado, apesar do campeonato difícil. Evoluíram e aproveitamos essa evolução para dar mais qualidade ao plantel. São os melhores jogadores do distrito”, referiu no final da vitória sobre o Mação.
Na hora da vitória salientou as dificuldades pelas quais o grupo passou, como o treinar fora de casa para poupar a relva, devido ao Inverno rigoroso, ou por ter jogadores a estudar em Coimbra, que nem sempre puderam estar com a equipa durante a semana.
Monserrate reconheceu ainda que se aconselhou com os jogadores mais velhos. ”É o meu terceiro ano de treinador e estou cá para aprender. No balneário trocamos ideias, peço opinião aos jogadores e todos têm o direito a falar”.
Neste dia de festa o técnico não poupou a câmara municipal de Torres Novas pelo fraco apoio que dá ao desporto e ao futebol em particular, ”a modalidade que mais jovens movimenta”. Criticou a ausência de um complexo desportivo verdadeiramente municipal, com relva sintética e pista de atletismo, ao qual os principais clubes pudessem recorrer. O campo da Meia Via, na sua opinião, era um potencial campo a transformar em complexo desportivo.

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