“Foi um orgulho marcar”

Flávia Fartaria é a jogadora do momento, fruto de ter terminado com o reinado de invencibilidade do 1.º Dezembro que já durava há mais de seis anos e meio.
Começou no futsal e encontra-se a cumprir a segunda época no futebol feminino. No Ouriense joga na equipa sénior e treina os sub-7 e sub-11.

Qual o significado de ter marcado o golo da vitória do Ouriense e ter terminado com o reinado de invencibilidade do 1.º Dezembro?
Foi um orgulho marcar, até porque um golo é sempre uma dádiva a qualquer jogadora. Foi só mais um jogo e um golo.

Acreditavam que era possível derrotar o 1º.Dezembro?
Acreditamos sempre que é possível ganhar a qualquer equipa. Até porque trabalhamos todas as semanas, mas quando a arbitra apitou, aí sim tivemos a certeza.

Ao longo desta semana tem sido notícia em todos os jornais nacionais. Estava à espera de tanto mediatismo à sua volta?
Não. Nunca. Pensei sim que a equipa tivesse esse reconhecimento, até porque a equipa é que ganhou.

Qual é o seu percurso no futebol. Que clubes representou?

Representei o Centro de Estudos de Fátima e o Núcleo Sportinguista de Leiria a jogar futsal. No futebol de 11 no Clube Atlético Ouriense, onde estou desde o ano passado. Representei só uns 2 ou 3 meses por problemas de saúde que tive.

Tem anemia. Que cuidados tem que ter?
Não tenho propriamente preocupações com isso, até porque a anemia é um sinal ou sintoma de que algo não está bem. Apenas tenho o cuidado de não me esquecer de tomar um comprimido de ferro, para que a hemoglobina não baixe e não volte de novo à situação complicada que tive.
Claro que por vezes sinto que não posso dar tudo o que posso, até porque canso-me demasiado rápido e as dores musculares aparecem sempre. Tento agora ter uma alimentação ainda mais equilibrada até descobrirem o que tenho.

Já passou pelo futsal e agora esta no futebol de 11 o que motivou a mudança?
Em primeiro lugar o facto de querer experimentar algo de novo. Depois e essa foi a maior causa de eu ter mudado, o facto de ser treinadora de futebol e ter tirado o curso à pouco tempo. Quero aprender mais e o clube Atlético Ouriense está a ajudar imenso.

Treina os sub-7 e sub-11. Como se sente no papel de treinadora?
É um orgulho para qualquer treinador estar a exercer a profissão que tanto gosta. No meu caso ter duas equipas super empenhadas em aprender e esforçarem-se para imitar a treinadora é gratificante.

Quais tem sido os comentários dos seus pupilos ao longo desta semana?
Dizem-me que marcam tantos golos e não aparecem no jornal e, que só por eu ter marcado um, já sou a melhor. Para eles está a ser engraçado por terem a treinadora que marcou um golo importante e que ajudou a sua equipa a vencer

O ouriense esperava uma temporada tão positiva na estreia na primeira Divisão?
Eu acho que não, até porque é o nosso primeiro ano na divisão nacional. Temos trabalhado muito e os resultados estão a aparecer fruto de todo o trabalho realizado, não só pelas jogadoras e equipa técnica, mas também do clube.

O Ouriense tem apostado muito no futebol feminino. Acha que mais clubes da região podem aparecer?
Claro que sim, até porque o futebol feminino está em crescimento em Portugal. Está a dar visibilidade ao clube e a Ourém.
O facto de as despesas com o futebol feminino serem muitas, por vezes levam a que os clubes desistam dessa possibilidade.

Selecção é um objetivo?

Não é um objectivo que eu alguma vez tenha definido na minha vida desportiva, contudo para qualquer jogadora é um sonho poder representar a nossa selecção. É algo que só se consegue com muito esforço e dedicação.
Se alguma vez for convocada estarei disponível para ajudar o meu país.

Ídolos?
Não tenho apenas um. Mas aprecio e gosto muito de ver jogar o Pablo Aimar e o Cristiano Ronaldo.

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