Jogo bastante desequilibra­do, sobretudo a nível mental. De um lado, um Caldas acabado de ser despromovido da 2.ª à 3.ª divisão. Do outro, um Penelense que saltou dos “distritais” para os “nacionais”.
Foi uma espécie de “jogo do gato e do rato”, entre a vontade penelense e a matreirice caldense. Tanta “manha” que foram várias as quedas de jogadores visitantes sem motivo e até a equipa entregue ao jornalista tinha as posições dos atletas… trocadas.
Venceu bem, no entanto, o Caldas. Marcou primeiro, a beneficiar de uma infantilidade de Fred (quis cortar o lance de cabeça, junto à relva, dentro da área), que ofereceu o golo a Sabino, de longe o melhor futebolista em campo. Quando os locais tentavam reagir, novo azar: a bola bate na cabeça de Pedro Penela e entra na baliza.
Após o intervalo, viu-se gran­de vontade dos locais. Mas falta-lhes capacidade de remate espontâneo. Os visitantes iam gerindo a vantagem e marcando mais um ou outro golo. Talvez em excesso.Destaque para a exibição de Dani, lateral-esquerdo dos locais, um poço de energia.
O árbitro, em “fase de formação”, esteve em bom plano, em jogo de dificuldade média.

PENELENSE 0
Mauro; Zeca, Fred, Alex (Ibou, 72m) e Dani; Filipe Pita, Pedro Penela (cap.) e Celestino; Filipe Malta, Tó-Jó (Hugo Vieira, 86m) e Babá (Moutinho, 82m).
Não jogaram: TóMané, Hingá, David e Bruno Nunes.
Treinador: Jorge Duarte.

Mário Martins