Cartaxo de bolsos vazios

Fazendo um paralelo com a situação dramática vivida pelo U. Leiria, é caso para dizer que a do SL Cartaxo se confunde com a do clube que foi despromovido da I Liga. Ao contrário dos leirienses, porém, o emblema do Ribatejo garantiu a permanência, precisamente na última jornada da III Divisão, ao vencer o Alcochetense por 2-1. No entanto, para alcançar este patamar a equipa enfrentou imensas dificuldades de índole financeira, ao ponto de existirem seis meses de subsídios em atraso, facto que levou, inclusive, os jogadores a equacionar a greve ao jogo com o Real, a 4 de março.

A verdade é que estes apenas adiaram por meia hora o começo do jogo, lançando, pois, um alerta que no fim de contas caiu em saco roto, pois os problemas persistem. “O anterior edil faltou à palavra, quando garantiu que haveria protocolos para o sector da formação e verbas de publicidade para o plantel sénior [35 mil euros]. O seu sucessor, Paulo Varandas, reiterou até as promessas de Paulo Caldas num jantar de homenagem ao Cartaxo, campeão distrital, mas até hoje não recebemos nem um cêntimo da autarquia”, lamenta Frederico Guedes, presidente da Comissão Administrativa, que cessa funções a 4 de junho.

Certo é que após cinco assembleias gerais, ninguém está disposto a assumir os destinos do Cartaxo. “Para mim, basta!”, desabafou o dirigente, “desgastado” com a situação e temendo pelo encerramento do clube. “Andámos a bater à porta das pequenas e médias empresas da região. Apesar de precisarmos de cerca de 20 mil euros, o clube não tem dívidas ao fisco nem à Segurança Social”, recordou, elogiando a atitude de jogadores e equipa técnica: “Foram uns heróis e mostraram amor à camisola.”

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