Tanto desperdício dita empate

A U. Leiria continua a não vencer em 2012. Num duelo de aflitos com o Beira-Mar, ambas as equipas acusaram a pressão e proporcionaram um mau espectáculo de futebol, contudo, a União foi a única equipa a criar oportunidades de golo e fica a dever a si próprio um melhor resultado.
Os primeiros minutos da partida foram de estudo mútuo, mas o Beira Mar a ter mais bola. No entanto, lutava-se muito a meio-campo com muitos passes errados de parte a parte. Como dentro do campo não havia situações de perigo, as atenções viraram-se para fora das quatro linhas quando, aos 17 minutos, Ogu ao tentar reentrar no campo, após assistência, chocou com um dos auxiliares. João Santos tentava acompanhar uma bola colocada em profundidade sobre a direita, para Balboa, e não se terá apercebido da chegada do nigeriano, dando-se um violento choque entre ambos que obrigou o árbitro auxiliar a ser transportado em maca para o Hospital de Leiria.
Dentro do campo, as equipas continuavam a praticar mau futebol, com muitos passes errados, acusando claramente a responsabilidade da partida. Era um autêntico carnaval de passes transviados, jogadas sem nexo, e nem uma oportunidade de parte a parte.
Só nos últimos minutos da primeira parte é que a partida iria despertar e logo com uma grande penalidade a favorecer os leirienses a castigar falta clara de Hugo sobre Djaniny. Na cobrança, Élvis permitiu a defesa de Rego.
Na sequência do canto, a bola sobrou para Djaniny, ao segundo poste, com o cabo-verdiano a encher o pé mas o guarda-redes do Beira Mar defendeu. Foi o primeiro remate em bola corrida da partida. Dois lances em dois minutos que explicavam que os leirienses teriam pela frente uma tarde em que sorte estava claramente de costas voltadas para a equipa de Cajuda.
O Beira Mar pareceu ter acordado após o penálti e começou a pressionar o Leiria como não o tinha feito até então, mas o nulo arrastou-se até ao intervalo.
Na segunda parte, o futebol praticado pelos leirienses melhorou e logo aos 53 minutos a União teve uma grande oportunidade. Nuno Coelho falhou o passe, Djaniny interceptou, fugiu isolado para a área, mas Rego sai dos postes e defendeu com o pé.
Sete minutos depois mais uma ode ao desperdício. Grande passe de Ogu a desmarcar novamente Djaniny, mas Rui Rego voltou a defender o remate do cabo-verdiano.
O Beira-Mar respondeu por Nildo que roubou uma bola no meio-campo e correu até à área mas a bola saiu fraca, à figura de Oblak. Foi sol de pouca dura já que os leirienses voltaram a ‘carregar’, desta vez com Robinho a passar por três adversário e a disparar de pé esquerdo, mas Rego continuou a tarde de acerto.
Com o passar do tempo os nervos foram tomando conta dos jogadores e foi-se perdendo o discernimento para chegar à baliza aveirense. Só mesmo ao cair do pano é que a U. Leiria voltaria a estar perto do golo com Jaime a tirar a bola rematada por Bruno Moraes sobre a linha de golo.
O apito final fez soar um resultado injusto para os leirienses que foram a única equipa que procurou a vitória mas cujo desacerto ofensivo impediu que a equipa saísse dos lugares de despromoção.
Boa arbitragem de Vasco Santos. A grande penalidade não deixa dúvidas.

Estádio Municipal da Marinha Grande
Árbitro Vasco Santos, do Porto.

U. LEIRIA : Oblak; Ivo Pinto, Haas, Edson e Obradovic; Marcos Paulo e John Ogu; Robinho (Bruno Moraes, 68m), Elvis (Luís Leal, 56m) e Barkroth (Marco Soares, 37m); Djaniny.
SUPLENTES: Luiz Carlos, Hugo Gomes, Manuel Curto, Terroso.
Treinador: Manuel Cajuda

BEIRA MAR : Rui Rego; Pedro Moreira, Yohan Tavares, Hugo e Joãozinho; Ricardo Dias (Jaime, 74m); Balboa (Serginho, int.), Nuno Coelho e Nildo; Cássio e Élio (Nuno Lopes, 58m).
SUPLENTES: Jonas, Turan, Douglas e Camará.
Treinador: Rui Bento

José Roque

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