Não podia começar melhor esta participação no Nacional da III Divisão para o Benfica e C.Branco! Com uma exibição a todos os títulos notável, os comandados de João Paulo Matos vulgarizaram um adversário, que, especialmente em casa, é uma equipa sempre muito forte. A atitude desde o apito inicial, a forma como a equipa beirã deu “asas” a um tipo de futebol estilo tiki-taka (que não estamos habituados a ver a este nível), e a cultura táctica evidenciada pelo conjunto albicastrense, resultou num jogo épico e moralizador. Foi, sem dúvida, um grande jogo da turma de Castelo Branco!
Não podíamos antever, de forma alguma, que o jogo terminaria com uma goleada destas, mas os primeiros minutos logo deixaram entender que a formação albicastrense levaria os de Soure a perder ante o seu público. No primeiro quarto de hora só deu mesmo Benfica, que com um futebol apoiado, bem trabalhado em progressão e com posse de bola, se instalou no meio campo contrário e cedo começou a criar ocasiões de golo.
Os donos do terreno só à passagem do minuto 15 chegavam até à baliza albicastrense e quase marcavam; contudo o remate de Ricardo saiu um tudo-nada ao lado.
Pouco depois Luciano desperdiçava mais uma boa situação de golo, ao captar um mau atraso de bola na defensiva caseira, rematando contra o corpo do guardião Vítor Nogueira que fez bem a mancha.
Aos 27` Tomás, de livre directo, levou a bola à base do poste da baliza do Sourense, e oito minutos depois o mesmo Tomás isolou-se e foi derrubado, sem margem para dúvidas, pelo guarda redes de Soure. O penalty foi de imediato assinalado e o guardião Vítor acabou, e bem, expulso. Para que o guardião suplente Mauro pudesse entrar saiu um jogador de campo (Ricardo), e os da casa ficavam reduzidos a dez unidades. A marcação da grande penalidade ficou a cargo de Luís Graça que permitiria a defesa do recém entrado guarda-redes, mas a recarga oportuna de Ricardo Sousa levaria a sua equipa em vantagem (justíssima) para o intervalo.
Na segunda metade o bom futebol albicastrense continuou a dar cartas, e depois de ter sustido o ímpeto inicial dos pupilos de Nuno Raquete, voltou a comandar totalmente as operações com jogadas rápidas e vistosas que faziam adivinhar mais golos.
Quando André Cunha, ao minuto 53, fez o segundo após cruzamento largo de Carlos Miguel, a equipa ganhou ainda mais confiança e autoridade sobre um adversário, que, queria mas não conseguia, acompanhar e acertar com o ritmo e qualidade de jogo imposto pela turma beirã.
Gonçalo Guerra, a passe de André Cunha (grande jogo), ampliou a vantagem ao minuto 67 e o vencedor estava cada vez mais encontrado.
É certo que Fábio Mendes fez uma grande defesa sustendo um remate em arco desferido por Alex aos 85`, mas era o Benfica que dominava totalmente, e que faria, por isso mesmo, ainda mais dois golos. Aos 90`Sordo fez o zero quatro, e no último minuto da compensação seria Carlos Miguel, a, também ele, deixar a sua marca fechando a contagem.
Foi, enfim, uma vitória inquestionável e merecidíssima do Benfica e C.Branco, que fez do colectivo a sua principal arma. Grande jogatana!
A arbitragem que viajou de Leiria e foi chefiada por Marco Gomes teve alguns erros mas não interferiu no desenrolar do encontro.

Estádio Dr.Coelho Rodrigues, em Soure
Árbitro:Marco Gomes (AF.Leiria)

Marcadores: Ricardo (34′ g.p), André Cunha (53′), Gonçalo Guerra (66′), Francisco Sordo (91′) e Carlos Miguel (94′).