Derrota amarga dita despromoção

Tal como tinha acontecido na primeira jornada diante do Tondela, também nesta jornada (última), a derrota foi o desfecho de um jogo, em que a equipa de Santa Catarina da Serra, esteve mais perto de o ganhar do que o perder, embora a descrente segunda parte, que realizou diante de um Gondomar que se apresentou no campo da Portela, muito organizado e sério, mas que raramente pressionou no sentido de querer ganhar o jogo a qualquer preço, tivesse tido preponderância fatal no resultado final.
E como poderia ter sido diferente esse resultado!
Como atrás referi, a equipa de Luís Morgado, realizou os 45 minutos finais, com muita descrença, embora a entrega e a procura pela posse de bola tenha sido uma constante, mas foi sempre mais com o coração do que com a cabeça. E como teria sido linda a festa, pois com entradas livres (neste caso) ou não, foram muitas as centenas de adeptos e simpatizantes ou simplesmente gentes das freguesias vizinhas, que fizeram da assistência, uma das maiores de toda a época, apesar do jogo ter sido num sábado á tarde. O que num meio rural, é de ter sempre em conta.
No entanto, face aos resultados verificados nos outros encontros, a vitória de pouco teria servido, em termos da manutenção, já que os 37 pontos davam uma igualdade pontual com o Anadia e o Aliados, tendo a Serra no confronto directo perdido para esses adversários.
Teria sido uma vitória amarga, mas que daria sempre prestígio e a melhor forma de terminar de um campeonato que sem sombra de dúvida atirou a equipa para a zona de descida, na primeira metade da prova. De facto bastariam duas ou três vitórias caseiras nesse período para que a classificação final, tivesse sido acima da primeira metade da tabela. Mesmo assim, foi um campeonato demonstrativo do que o popular clube do nosso distrito, foi capaz de fazer, descer com dignidade e prestigiando não só a freguesia a que pertence, como a região em que está inserido.
Voltando um pouco ao jogo, para dizer que a União, foi a melhor equipa na primeira parte, com duas ou três situações em que só não marcou por manifesta infelicidade. Logo aos 7 minutos, Parracho atirou ao poste e a recarga de Pedro Santos encontrou um emaranhado de pernas no interior da área do guardião Jorge, que impediu a bola de entrar na baliza deste. Aos 28’, foi Zim a não chegar por um triz a um livre superiormente apontado do lado direito por Miguel Neves. Aos 35’, foi Miguel Pinheiro, que com grande pontapé atirou ligeiramente ao lado do ângulo superior esquerdo da baliza Gondomarense. Finalmente em cima do intervalo, foi Pedro Santos, a atirar por cima de ângulo apertado, quando tinha na área Tamandaré e Zim em melhor posição.
A equipa vinda do Norte, só aos 43’ num excelente contra ataque pelo lado esquerdo, teve a melhor oportunidade de todos os primeiros 45’, com Dagil a atirar ao lado.
Na tal descrente segunda metade do encontro por parte da equipa serrana, só nos inúmeros lances de bola parada, o perigo rondou a baliza do excelente guardião contrário. Ambos por Miguel Neves na cobrança de 2 livres perto da área adversária, com a bola a passar em ambos os livres directos muito perto do travessão da baliza da equipa de Vitor Paneira.
Respondeu o Gondomar num lance pelo lado direito aos 76’, aparentemente inofensivo, mas que face a erro defensivo, permitiu ao possante Dagil obter um golo de belo efeito e que ditaria não só a vitória da sua equipa, como desmoralizou ainda mais a equipa de Morgado, apesar das 3 substituições por este realizadas, no sentido de dar maior pendor ofensivo nos minutos que faltavam para jogar.
Excelente trabalho do trio de arbitragem vindo do Algarve, comandado pelo jovem mas também já experiente Nuno Almeida.

Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: Nuno Almeida (AF.Algarve)

U.SERRA: Nelson Fernandes; Juvenal, (João Magalhães, 61’), Parracho, Marco Aurélio (cap.) e Beto; Pedro Santos, (Nelson Brites, 88’), Miguel Pinheiro, João Martins e Miguel Neves, Tamandaré e Zim, (Fontes, 74’).
TREINADOR: Luís Morgado

GONDOMAR: Jorge; Vieirinha, (Pinto, 32’) Abel e Materazi; Ricardo Carvalho, Boubacar e Raul; Malafaia; (Nuno Fonseca, 70’), Evandro, Dagil (cap.) e Joca (Luís Neves, 63’).
TREINADOR: Vitor Paneira

Marcadores: Dagil (76’)
Cartão amarelo a Vieirinha, 22’; Malafaia, 65’; João Magalhães, 73’; Beto, 85’.

Virgílio Gordo

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