O jornalista da Condestável José Carlos Reis foi sábado agredido no Estádio do Bessa, no Porto, após o jogo entre o Boavista e o Sertanense (3-0), a contar para a 24.ª Jornada da II Divisão.
No interior do complexo “indicaram-me que o gabinete de imprensa era no primeiro piso e para aí me dirigi mas afinal era a área de balneários e fui convidado a sair por um indivíduo que deve trabalhar para o Boavista”, afirmou José Carlos Reis. O repórter da Condestável acatou as ordens, no entanto indagou o caminho para o gabinete de imprensa, tendo sido informado que “estava fechado”.
Logo após e com “maus modos sou empurrado e perguntei mais uma vez para onde é que me havia de dirigir para executar o meu trabalho”, refere.
Enquanto caminhava para a saída “ouvi algumas palavras alteradas dessa pessoa que logo à saída da porta desferiu-me um soco, saiu do local e ameaçou que me esperava na rua”, acrescentou.
Após a agressão presenciada por um colega da rádio e pelo presidente da direcção do Sertanense, o jornalista pediu protecção policial, sendo a partir daí acompanhado por dois agentes da PSP que o acompanharam nas entrevistas e até ao carro da Condestável que estava estacionado nas imediações do complexo desportivo.
Ouvido pela Condestável, o vice-presidente do Boavista disse que não lhe foi dado qualquer conhecimento da ocorrência e que “foram dadas todas as condições aos jornalistas”. “Tenho informações de que o jogo correu bastante bem”, referiu Diogo Braga, complementando que “o Boavista não se revê nesse tipo de actuação e lamento o que se passou”.
O director da Condestável disse que “já era tempo das pessoas compreenderem o trabalho dos profissionais da informação e em vez de criarem dificuldades, deveriam ajudar”. “Lamento profundamente o que se passou e há que apurar responsabilidades e punir quem age desta maneira, passando à agressão”, afirmou Carlos Ribeiro.O jornalista apresentou queixa na GNR.

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