U.Leiria continua sem vencer

O Olhanense caminha a passos largos para assegurar a manutenção na Liga com uma antecedência inédita depois de somar, este domingo, a segunda vitória fora de portas da época. Em Leiria, os locais tornaram a tarefa dos comandados de Daúto Faquirá mais fácil do que certamente esperariam devido a uma série de equívocos.
No reverso da medalha, está uma equipa em queda livre na tabela, que já não ganha desde 19 de Dezembro e, especialmente em casa, há mais de dois meses. O descalabro coincidiu com as saídas de Carlão e Silas, insistentemente lembradas por serem demasiado evidentes os prejuízos do desinvestimento de Janeiro. Depois de derrotas entre portas diante de Benfica e Beira Mar (0-3), novo desaire difícil de perceber perante uma equipa de semelhante igualha.
Chegaram reforços ao Lis, é certo, mas ainda procuram ritmo e enquadramento na equipa. Enquanto isso, até fazer um golo se tornou penoso  desde a venda dos dois jogadores, apenas um defesa, Vinícius, logrou um remate certeiro. Já os de Olhão têm demonstrado produtividade inversa, com três vitórias (contabilizando esta) e um empate dos últimos cinco jogos.

Leiria não ligou aos avisos prévios

O primeiro equívoco da U. Leiria começou mal de posicionou em campo. Com um esquema cheio de dinâmicas, mas confuso (talvez um 4-1-4-1?), que obrigava, por exemplo, um criativo como Leandro Lima a jogar como interior direito, ficou a sensação que a principal preocupação da equipa era surpreender defensivamente o adversário. Mas, depois, na transição para o ataque, faltavam claramente rotinas e, consequentemente, velocidade.
Quando os jogadores ainda estavam a tentar perceber o espartilho em que se haviam metido, já o Olhanense ganhava por 0-2. A defesa local deixara indícios que podia vacilar e o canto de Rui Duarte, que foi encontrar Carlos Fernandes solto de marcação depois do desvio de Mexer, confirmou a intranquilidade do sector mais recuado da casa.
O segundo golo, numa jogada genial de Paulo Sérgio, teve semelhanças com o primeiro. Há um aviso prévio, mas Jorge Gonçalves estava em fora-de-jogo. Pensou-se que o Leiria teria aprendido a lição. Erro puro. Num lance praticamente igual, com diferença que desta vez o veloz extremo estava em jogo, o camisola 23 do Olhanense isola-se, passa por um defesa e por Gottardi, e marca de forma egoísta quando tinha Djalmir sozinho a pedir-lhe a bola. Terá tomado a decisão certa? Claro que sim, foi golo!
A equipa de Caixinha ia ao tapete pela segunda vez, num espaço de seis minutos, e agora não havia como ficar impávido. O jovem técnico lançou de imediato João Silva (terceira estreia da tarde, depois de Fabrício e André Micael para os algarvios), e os homens do Lis recuperaram, finalmente, a identidade, em 4-1-3-2. Mas enfrentavam agora um Olhanense diferente.

Despertar e adormecer

Como lhe competia, a União voltou diferente dos balneários depois do intervalo. Não foi apenas a presença de Rúben Brígido no lugar de Leandro Lima. Toda a equipa mostrava mais predisposição ofensiva e vontade de virar os acontecimentos. Não deveria ter sido assim desde o início, para quem jogava em casa e até tinha mais três pontos do que o adversário?
Os leirienses tentaram despertar quando Paulo Sérgio, o do Olhanense, foi expulso de forma desnecessária mas praticamente a seguir foi o Paulo Sérgio deles que recebeu ordem para abandonar o relvado mais cedo, também por acumulação de amarelos. A estas horas, os jogadores já deviam ter percebido que Jorge Sousa não estava para brincadeiras.
Os comandados de Caixinha terminaram o jogo em cima do adversário, com destaque para dois livres frontais de Marcos Paulo, um para grande defesa de Ricardo Batista e outro que falhou o alvo por centímetros. Foi curto

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