Académica nas meias-finais

Quase 28 anos depois a Académica está de volta a uma meia-final da Taça de Portugal, única prova em que a equipa conseguiu, até agora, ganhar sob o comando de José Guilherme. O sonho de regressar ao Jamor, algo que não acontece à Briosa desde 1969, continua bem vivo em Coimbra. Segue-se o V. Guimarães, a duas mãos, a primeira a ter lugar já para a semana no Minho.
Para o sucessor de Jorge Costa, fica ainda outro registo: conseguiu vencer pela primeira vez uma equipa da Liga, depois de três tentativas falhadas: Paços Ferreira (empate), Benfica e Olhanense (derrotas). A equipa da Lusa Atenas já não ganhava a um adversário do seu escalão há dois meses.
Do outro lado, Manuel Fernandes perdeu uma oportunidade para prosseguir um feito histórico na carreira. Há 11 anos, atingiu as meias-finais com o Sporting, mas ainda lhe falta uma presença na final como técnico. Paciência, Manel, fica para a próxima!

Brasão assusta mas estudantes viram o resultado

O V. Setúbal teve uma entrada a todo o gás na partida, conseguindo explorar as dificuldades do lado direito da Briosa através da velocidade de Brasão, de longe o melhor sadino em campo. O brasileiro ameaçou, Peiser ainda evitou estragos mais cedo, mas não chegou para tudo. O golo, todavia, foi marcado em posição irregular. Os sadinos tomavam a dianteira do marcador e jogavam a seu bel-prazer, dando a sensação que poderiam chegar ao segundo a qualquer momento.
A Académica recompôs-se e, aos poucos, foi empurrando o adversário. A defesa espadaúda de Setúbal começou a vacilar e Éder, que já estava farto de tentar, conseguiu chegar ao empate com um golo, para não variar, também em fora-de-jogo. Os comandados de José Guilherme tomaram-lhe o gosto e, cinco minutos volvidos, Sougou virou o marcador. Vantagem importante ao intervalo, perante um Vitória agora atordoado.
No regresso dos balneários, já se sabia que dificilmente a partida manteria o ritmo da primeira parte. A Briosa apostava no controlo de jogo mas não deixava de «cheirar» o terceiro, para poder descansar. Mas o nervosismo da defesa da casa voltou a fazer-se sentir, valendo um enorme Peiser, em noite de grande inspiração. Pape Sow saiu lesionado, dando lugar a Luiz Nunes e os minutos finais foram de grande sofrimento para a turma estudantil. Seguiu-se Sougou, pelos mesmos motivos, e os receios dos apaniguados conimbricenses avolumaram-se.
Uma grande penalidade, convertida por Amaury Bischoff, voltou a dar folgo à Académica. Collin reduziu pouco depois e o coração passou a mandar na partida. Os cinco minutos de descontos pareceram intermináveis, Paraíba deixou os adeptos à beira de um ataque de nervos ao falhar perante Diego, mas o resultado não se alterou.

Ficha de Jogo:

Estádio: Cidade de Coimbra.
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa), auxiliado por Hernâni Fernandes e Ricardo Santos.
Quarto árbitro: José Laranjeira.

ACADÉMICA: Peiser; Pedrinho, Berger, Pape Sow (Luiz Nunes, 65 minutos) e Hélder Cabral; Adrien Silva; Diogo Melo e Bischoff; Sougou (Júnior Paraíba, 74), Éder (Laionel, 80) e Diogo Valente.
Suplentes não utilizados: Ricardo, David Addy, Hugo Morais e Diogo Gomes.
Treinador: José Guilherme.

V. SETÚBAL: Diego; Collin, Ricardo Silva, Valdomiro e Miguelito; Silva (Jaílson, 45); Hugo Leal (José Pedro, 81), Neca e Djikiné (Zeca, 72); Pitbull e Brasão.
Suplentes não utilizados: Getúlio Vargas, Michel, François e Anderson do Ó.
Treinador: Manuel Fernandes.

Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Brasão (17), Éder (39), Sougou (44), Bischoff (85, g.p.) e Collin (87).
Disciplina: cartão amarelo para Berger (25), Bischoff (70), Hélder Cabral (75), Valdomiro (76), Ricardo Silva (84), José Pedro (90+4) e Peiser (90+5).

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