Chilavert da Bajouca voltou a atacar

É com frequência que do futebol da América Latina surgem notícias de guarda-redes absolutamente ‘loucos’, sem medo de abandonar a baliza e pôr à prova os seus dotes com os pés. Neste plano está José Luis Chilavert, internacional paraguaio que já arrumou as luvas. Noutro, menos folclórico, está Rogério Ceni, guardião brasileiro que já atingiu os 91 golos na carreira. Nos distritais de Leiria há quem lhes siga o exemplo. Joel Pedrosa, número 1 do Alegre e Unido, marcou o quarto golo da carreira no sábado,em mais uma execução de se tirar o chapéu.
Aos 22 anos, Pedrosa já não é nenhum novato na arte de marcar golos de livre directo. O de domingo, que valeu o empate no reduto do Ranha (1-1), foi o terceiro da sua conta pessoal – ainda tem outro de grande penalidade, já esta época, frente ao Caseirinhos. O primeiro foi em 2008/9, frente ao Pousaflores (3- 4). O segundo em 2009/10 contra o Avelarense (4-5). Como não há duas sem três, lá surgiu mais um golo, que desta vez teve outro sabor, pois valeu pela primeira vez a conquista de um ponto.
Tudo aconteceu sábado, em jogo a contar para a 11ª jornada da 1ª Divisão distrital de Leiria, Zona Norte. O Ranha recebia o Alegre e Unido e o insólito aconteceu.
Ao minuto 90, Joel Pedrosa sai de entre os postes, percorre o campo e marca a bola parada, em zona frontal à baliza adversária.Golo! “A barreira era muito alta e por isso optei por rematar para o lado do guarda-redes.
Como estava um bocado tapado, deu um passo para o outrolado e, já não foi a tempo de defender a bola.” Se ficou curioso pode ver o lance no youtube.
“Depois dos treinos fico a bater livres com os colegas. Vai outro para a baliza, imagino a barreira e tento fazer a bola passar-lhe por cima.” Apesar de sentir que “tem jeito” para marcar livres, Joel Pedrosa não é a primeira opção da equipa para esta tarefa.
Só quando se sente “inspirado” é que pede autorização aotreinador Manuel Domingues.Sábado saiu-lhe o prémio que valeu um ponto.Apesar de achar que tem “jeito” com os pés, Pedrosa não pensa em trocar as balizas por terrenos
mais adiantados, até porque o seu sonho foi sempre estar entre os postes. Curiosamente,o seu ídolo não é nem Ceni, nem Chilavert, muito menos, Jorge Campos ou Higuita. É um grande, mas discreto guarda-redes chamado Casillas, que não marca golos como ele, mas que os sofre de igual maneira.

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