U.Serra e Anadia repartiram pontos

Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: José Gomes (AF.Lisboa)
 
U.SERRA: Nélson Fernandes; Beto, (Diogo Ribeiro, 55’), Parracho, Marco Aurélio (cap.) e Juvenal; João Magalhães, (Testas, 80’), João Martins, Miguel Pinheiro, Pedro Santos e Bruno Matias; Tamandaré.
TREINADOR: Frederico Rasteiro

ANADIA: Manuel Gama; André Nogueira, Branco (cap.), Ruben, e Vitor Hugo; Marito e Eder, Tiago Borges, (Vasco, 72’), Tom (Chico Trabuca, 86’) e Diogo André; (Gonçalo 67’), Bandeira. 
TREINADOR: João Pedro

Marcadores: Tiago Borges (3’); Bandeira (12’); Bruno Matias (19’) e Parracho (62’).  
Disciplina:Cartão amarelo a João Martins, (14’); Marito (19’); Branco (33’); Vitor Hugo (51’); Marco Aurélio, (58’); Tom, (65’); Bruno Matias, (82’) e Tamandaré, (90 + 3’).

 Depois de na primeira parte, ter sido condicionada por erros de cada uma das três equipas em campo, a numerosa assistência presente na Portela numa bela tarde para a prática futebolística, assistiu a uma segunda parte de alto nível por parte das duas equipas em confronto, já que a 3ª (arbitragem) esteve muitos furos abaixo de qualquer uma das outras.De facto, marcar um livre logo aos 3 minutos ao guarda redes Nelson, por considerar que este retardou a reposição da bola em jogo, não lembra a ninguém. Ainda se fosse no final do encontro, poderia considerar-se com queima de tempo. O que é certo, é que desse lance nasceu o primeiro golo dos homens da Bairrada. Bola a ressaltar na barreira defensiva serrana, a sobrar para Tiago Borges e este a dar vantagem à sua equipa. Tentava reagir a equipa da casa, quando com apenas 12 minutos jogados, Bandeira aproveitou da melhor forma a hesitação de Parracho e até do guardião Nelson, e com um vistoso chapéu ao mesmo Nelson, elevou o marcador para 0 – 2.No entanto, os jogadores serranos jamais deixaram de tentar o golo, com boas iniciativas atacantes. Numa delas estavam decorridos 19 minutos, Pedro Santos ao centrar para a área contrária, fez com que a bola embatesse no braço de Marito. O auxiliar desse lado, considerou o lance faltoso, embora o defensor do Anadia tivesse o braço junto ao corpo. Chamado a cobrar o pontapé de grande penalidade, Bruno Matias não falhou, tendo assim reduzido para 1 – 2, resultado registado ao intervalo.Com a postura psicológica das duas equipas e com o mesmo sistema táctico, 4 – 2 – 3 – 1, aconteceu aquilo que algumas vezes acontece. Uma grande segunda parte de grande nível em termos futebolísticos, onde só o desastrado árbitro auxiliar do lado dos bancos, destoou do que se foi passando dentro das 4 linhas.O golo anulado ao capitão Marco Aurélio, na sequência de um livre batido do lado direito por inevitável Bruno Matias, num lance de difícil análise para quem se encontra fora da acção do árbitro auxiliar, mas com a ajuda da reacção dos jogadores de ambas as equipas e dos espectadores mais bem colocados, não custa admitir que o lance não teve a decisão mais certa.Mas aos 62’ minutos fez-se justiça. Bruno Matias bate um livre tipo canto mais curto e entrada fulgurante ao primeiro poste de Parracho, igualando assim a partida.A partir daqui, o ritmo de jogo aumentou de tal forma, que não é fácil relatar num curto espaço, o que se passou em campo. Futebol em grande velocidade, mais directo, o da equipa de João Pedro, mais enliante, mais belo e até mais eficaz da equipa de Frederico Rasteiro. Se é verdade que em dois ou três contra ataques a equipa bairradina poderia ter sentenciado o jogo, não o conseguindo porque Nelson brilhou a grande altura, Parracho salvou sobre a linha e Gonçalo não teve a melhor apontaria aos 77 minutos. Também a equipa unionista, poderia ter chegado à vitória apenas um minuto depois, com Tamandaré lento e a hesitar mas a dar para Pedro Santos, com este a atirar ao poste do batido Manuel Gama.  Com qualquer equipa a poder ter ganho o jogo, face ao desenrolar do mesmo, talvez se deva aceitar o empate final.Infelizmente do trabalho da jovem equipa de arbitragem vinda de Lisboa, já muito tive que escrever.A União da Serra, continua a privilegiar o colectivo, mas o jovem Juvenal, o guardião Nelson e Parracho (apesar do erro no 2º golo contrário), conseguiram lances decisivos.No Anadia, Tiago Borges, Tom e o gigante Bandeira, foram pedras bases na sua equipa.

Os treinadores
Ambos os técnicos tiveram leituras semelhantes deste jogo. Quer nos aspectos técnico-táctico, embora Frederico Rasteiro com os dois golos sofridos muito cedo, tenha alterado a estratégia. Quer na abordagem de outros aspectos decisivos no encontro. Daí, nenhum tenha gostado do trabalho da equipa chefiada por José Gomes e cada um achou que a sua equipa merecia a vitória. Unânimes acerca da grande segunda parte e no dar os parabéns aos respectivos jogadores das suas equipas.
Virgílio Gordo
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