
Depois das Taças, as emoções da Liga voltaram em força e foram precisos apenas quatro minutos para se dar vivas à festa do futebol. E logo um golo com história. Fernando Alexandre marcou cedo na Pedreira, e matou um borrego com 46 anos. Desde o longínquo ano de 1967 que a Briosa não viajava da cidade dos arcebispos para Coimbra com os três pontos na bagagem.
A meias com o clima de tensão diretiva, o Sp. Braga demonstrou uma imagem pálida e não consegue esconder a irregularidade dos seus resultados e das suas exibições. Jesualdo Ferreira disse antes do jogo que este Braga já não está habituado a perder duas vezes seguidas. Correto. Muito menos a perder três.
Depois dos desaires diante de Sporting e Nacional, os arsenalistas voltaram a perder. Três jornadas consecutivas sem qualquer ponto, feito que já não acontecia há três anos para os lados do Minho.
Ao contrário do que seria de esperar, um golo apontado logo nos minutos iniciais não teve o condão de espevitar o jogo. A Briosa apresentou-se no Municipal de Braga com os trabalhos de casa devidamente elaborados e entrou a todo o gás.
Entrou a vencer com um golo de Fernando Alexandre, mas não foi de todo um lance fortuito. Os de Coimbra já tinham criado perigo junto da baliza de Eduardo, aproveitando-se da apatia bracarense nos instantes iniciais.
Ia fazendo o que lhe competia o Sp. Braga. Pegou no jogo e correu atrás do resultado, mas sempre de uma forma muito atabalhoada, sem uma voz de comando no terreno. A equipa de Jesualdo Ferreira fez-se refém da tentativa da Académica adormecer o jogo para sorrateiramente ir ao outro lado acordar os minhotos.
Braga dominou de forma envergonhada
Assim se pinta o quadro dos primeiros quarenta e cinco minutos. Um jogo amorfo, sem ritmo e com poucos motivos de interesse. Ao agrado da Académica. Jesualdo Ferreira não gostou, e trocou Edinho por Alan ao intervalo na ânsia de dar mais pujança ao seu sector mais adiantado.
E assim continuou, minuto após minuto o jogo não havia maneira de desatar. Tranquila a Académica, o jogo corria de feição e o relógio a seu favor. Tremeliquento o Sp. Braga. Dominou, teve mais bola, mas de forma tímida. A espaços, o guarda-redes Ricardo era obrigado a intervir, mas sem consistência.
Três pontos de bravura e de entrega para a Académica, que já se pode dizer que não sabe ganhar só ao Belenenses. Soa o alarme na pedreira. As exibições atestam-no, mas os resultados são ainda mais esclarecedores. Está refém do desenrolar da jornada, e pode cair até ao oitavo lugar.
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