Tem no uruguaio “Luisito” Suárez e no colombiano Muriel as referências, mas quer ser apenas o Igor Henrique. Aos 25 anos, este brasileiro de Marília está a viver uma relação especial com o golo. Marca há oito partidas consecutivas com a camisola do CD Alcains, líder do principal campeonato da AF Castelo Branco.
Já são 18 os tentos apontados em partidas oficiais, numa média superior a dois por desafio. Já em 2019/20 ia com a mesma embalagem no União de Almeirim, quando a pandemia de Covid-18 parou os campeonatos.
Chegou a Portugal pela mão do antigo internacional canarinho Palhinha. Acredita ainda estar a tempo de se projetar para as ligas profissionais: “Às vezes temos de vir mais atrás para podermos projetar a carreira. Sabia, pelas pessoas que estão à frente do Alcains, que este era um bom clube para valorizar o meu futebol. Vim do Brasil para chegar aos principais campeonatos. Tenho muitos objetivos para concretizar”, refere.
Elogia a dinâmica ofensiva privilegiada pelo treinador Ricardo Costa, filho de Valter antigo jogador de Sporting, Portimonense e Estrela da Amadora. O técnico aplaude “a humildade” do pupilo e sabe que corre o risco de perder a sua referência: “Faz parte. Se eles melhorarem as condições, fico feliz”.
Dezoito golos em oito jogos. Ainda não ficou em branco numa partida. Até onde poderão ir os números? Igor Henrique confessa que convive naturalmente com os golos: “Não estou obcecado com recordes ou algo do género. Faço o meu trabalho, procuro evoluir e quero muito ajudar o Alcains a regressar aos campeonatos nacionais”, remata, sem esquecer “as assistências” de Amessan, Darlan ou Pelezinho, com quem reparte as despesas atacantes dos beirões.
Artur Jorge Saraiva (RECORD)