
A Associação de Futebol de Portalegre (AFP) denunciou hoje estar a ser alvo de “contínuos e atrozes ataques” nas redes sociais, com “incentivos ao ódio e à violência, com ofensas pessoais e ameaças à integridade física dos órgãos sociais da instituição”.
Em causa está a decisão anunciada sexta feira pela AFP, depois de dar por encerrada Liga Francisco Gil, de indicar para subir de divisão, o Elvas, atual segundo classificado, e não o Eléctrico, que liderava a competição.
Embora o regulamento da Liga Francisco Gil, no ponto 7, relativo a “medidas excecionais”, refira que a prova deverá ser “homologada com a classificação existente na altura da interrupção”, a AFP decidiu basear a sua decisão na melhor média pontual das equipas, e neste particular quem leva a melhor é o Elvas, que apesar de estar a um ponto da liderança, tem menos um jogo do que o Eléctrico.
Em comunicado, publicado este domingo, a associação refere que “apesar de procurar consensos, os mesmos nem sempre são possíveis”, condenando os “contínuos e atrozes ataques” que têm sido alvo nas últimas 48 horas através das redes sociais, na sequência de uma decisão.
No mesmo comunicado a instituição admite tolerar as críticas, mas considera que “neste momento já foram ultrapassados todos os limites, com incentivos ao ódio e à violência e com ofensas pessoais e ameaças à integridade física dos órgãos sociais”.
A AFP diz ainda “não admitir acusações levianas de benefício de clubes em detrimento de outros, e muito menos de que agiu de forma ilegal ou de má fé”.
A Liga Francisco Gil, a principal competição organizada pela AFP, estava suspensa desde o dia 20 de dezembro, devido à pandemia da covid-19, tendo sido realizadas apenas oito jornadas.