O clube que chegou às meias-finais da prova rainha vai a eleições em junho, mas Jorge Reis, o presidente, revelou a O JOGO que a Direção vai-se recandidatar. O contrário será uma “traição”.As contas da melhor prestação de sempre do Caldas na Taça de Portugal ainda não estão feitas. Foram semanas duras e de muito trabalho para a Direção presidida por Jorge Reis que pretende, por agora, descansar. Ainda assim, os cofres do clube da Série D do Campeonato de Portugal ficaram desafogados. “Ainda não fizemos reunião de Direção mas, como é sabido, cada transmissão televisiva rendia 75 mil euros. Tivemos duas, mais 46 500 euros em prémios, estamos a falar de 196 mil euros mais ou menos. O jogo com o Aves teve uma despesa à volta de 100 mil euros, por isso temos, só neste aspeto, um balanço positivo de 100 mil euros”, referiu, explicando quais foram os gastos dos caldenses. “Colocámos a iluminação, a leitura dos bilhetes, sendo que estas duas coisas foram só para o jogo com o Aves, pintámos as bancadas e fizemos um profundo trabalho na relva que nos deixou com um tapete renovado”, elucidou.
Além disso, o Caldas também teve receita por outras vias. “Entraram cerca de 300 novos sócios, vendemos muito merchandising, angariámos patrocinadores… o Caldas tem tudo para crescer para que esta onda não pare”, sublinhou. Ora, com tanto proveito financeiro, irá o Caldas apostar na subida à II Liga na próxima temporada? Jorge Reis prefere manter os pés assentes na terra e lembrou que há eleições no início de junho. “Vai haver eleições. Era fácil esta Direção sair em grande, mas isso seria uma traição aos adeptos e patrocinadores. Se esta Direção se mantiver, os princípios serão os mesmos: aposta na formação, manter os jogadores deste plantel e a equipa técnica que tem muito valor. Se saírem jogadores, o que é normal, pois foram colocados numa grande montra, iniciaremos um novo ciclo”, atirou, deixando a porta entreaberta a algo mais. “Subida? Se nos deixassem, não descuraríamos…”, concluiu.
João Maia (Jornal O Jogo)